Nova Futura: China intervém no câmbio
A semana começa com clima positivo no exterior, enquanto no Brasil a campanha eleitoral se acirra, às vésperas do início da propaganda gratuita em cadeia nacional de rádio e televisão, na sexta-feira. As principais bolsas da Europa e futuros em Wall Street avançam na esteira do tom otimista do último pregão, quando os índices acionários de Nova York renovaram máximas históricas após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ter afirmado em discurso que o ritmo gradualista de aumento de juros nos Estados Unidos será mantido.
Já na Ásia, os ganhos foram amparados hoje por medidas adotadas na sexta-feira pela China para conter uma recente tendência de desvalorização do yuan. O banco central chinês (PBoC, na sigla em inglês) reintroduziu o chamado “fator contracíclico”, para determinar a taxa de paridade do yuan ante o dólar, de forma a impedir que a moeda do país se deprecie de forma muito acentuada. Além de conter saídas de capital, a ação também tem como objetivo neutralizar críticas dos EUA de que o gigante asiático estaria buscando enfraquecer sua divisa propositalmente.
A agenda internacional tem como destaque o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre, que deve continuar dando mostras do vigor da economia norte-americana. Por aqui, saem nesta semana os números da economia brasileira no período, além dos dados de julho do setor externo e das contas públicas e de crédito, também referentes ao mês passado. Apesar da agenda forte, os investidores devem seguir concentrados na corrida presidencial.
Os mercados tendem a ficar cada vez mais especulativos, movidos por sondagens eleitorais de menor porte e de olho no desempenho dos presidenciáveis em uma série de entrevistas promovida pelo Jornal Nacional, da Globo, que recebe hoje o candidato Ciro Gomes (PDT). Com o início da campanha em cadeia de nacional de rádio e televisão, a expectativa do mercado é de que o tucano Geraldo Alckmin ganhe relevância nas pesquisas, já que em função da aliança com os partidos do chamado “Centrão” o candidato ficou com a maior fatia do horário eleitoral em relação a seus adversários, com mais de 5 minutos de exposição.