Nova fase do Desenrola começa hoje; veja dicas de como negociar as dívidas
A segunda fase do Desenrola Brasil, programa para renegociação de dívidas do governo, começa nesta segunda-feira (25). Segundo o Ministério da Fazenda, poderão ser renegociados quase R$ 79 bilhões de dívidas de até R$ 5 mil.
A partir de hoje, os credores que estão inscritos no programa poderão dar lances de acordo com os lotes de dívidas, que estarão organizados por segmentos, em dívidas feitas até 2019. Serão vencedores do leilão, ou seja, aptos à renegociação com garantia do FGO, os contratos que receberem os maiores descontos.
Após a realização dos leilões, o programa inicia a Faixa 1, fase destinada às pessoas físicas com renda mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam inscritos no CadÚnico. A abertura do programa para a população está prevista para a primeira semana de outubro.
- Última semana de setembro: O que esperar do Ibovespa? Veja como investir na bolsa brasileira no curto prazo no Giro do Mercado desta segunda-feira (25), é só clicar aqui para assistir!
Como renegociar as dívidas no Desenrola?
Neste primeiro momento, a renegociação poderá ser feita com valores de até R$ 5 mil, parcelados em até 60 vezes, com parcela mínima de R$ 50. Os endividados só poderão pedir a renegociação mediante cadastro no site oficial do governo ou pelo aplicativo.
O presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin), Reinaldo Domingos, no entanto, alerta a população sobre o programa e diz que a renegociação só pode acontecer com um planejamento prévio. “Não troque uma dívida por outra, negocie apenas se tiver condições de fazer isso”, explica.
Domingos ainda propõe que a solução para sair do endividamento é fazer um levantamento detalhado de todas as dívidas em atrasos, priorizando as que possuem bens de valor como garantia e evitando o corte de serviços indispensáveis como água e luz.
Com este levantamento em mãos, o segundo passo é verificar os atuais gastos e fazer um diagnóstico da situação financeira da família. Deve ser levado em consideração gastos fixos e supérfluos que podem ser cortados lá na frente para que realize a renegociação das dívidas pendentes.
“Portanto, só se deve procurar um credor quando já souber quanto terá disponível mensalmente para pagar e, então, poder negociar”, analisa o presidente da associação.