Nova fase da Lava Jato leva PF a apurar suposta fraude em licitações da Transpetro
A Polícia Federal cumpria dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão em uma nova fase da Lava Jato deflagrada nesta quarta-feira, batizada de Navegar é Preciso e que apura suposta fraude em licitações da Transpetro, uma subsidiária da Petrobras (PETR3; PETR4).
Os mandados, expedidos pela 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pelos processos da Lava Jato na capital paranaense, estão sendo cumpridos por 36 policiais federais nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Niterói e Maceió, disse a PF em nota, sem identificar os alvos da operação.
“Durante as investigações da operação Lava Jato, foi identificada uma organização criminosa que fraudava o caráter competitivo das licitações e sistematicamente pagava propina a altos executivos da Petrobras, bem como a outras empresas a ela relacionadas como a Transpetro, empresa responsável pelo transporte de combustível no país e pela importação e exportação de petróleo e derivados”, disse a PF em nota.
“A presente operação investiga os possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, que teriam sido praticados no contexto de licitação e celebração de contratos de compra e venda de navios celebrados pela Transpetro com determinado estaleiro, no âmbito do Promef, que era o programa do governo federal para a reestruturação da indústria naval brasileira.”
De acordo com a nota da PF, representantes do estaleiro, que não teve o nome divulgado, teriam pago propina a um alto executivo da Transpetro para que o estaleiro fosse favorecido em uma licitação com valor global combinado de 857 milhões de reais.
A Transpetro teria tido prejuízo de 611,2 milhões de reais com o contrato assinado com o estaleiro, de acordo com a Polícia Federal.