Nova fábrica da Heineken ainda não é problema para dona da Stella e Budweiser
A Heineken conseguiu uma liminar na justiça para continuar as obras de sua fábrica em Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais.
A construção foi paralisada pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) por causa dos riscos ambientais oferecidos ao sítio arqueológico da região.
Mesmo com essa retomada, a Ambev (ABEV3), dona das cervejas Stella, Budweiser Skol e Brahma, ainda não deve se preocupar a nova fábrica da concorrente, afirmaram Leandro Fontanesi e Ricardo França da Ágora Investimentos nesta quinta-feira (07).
“Essa decisão não muda nossa visão positiva sobre a Ambev, pois nosso caso-base assume que essa planta será construída e concluída dentro do cronograma (em meados de 2023)”, explicam os especialistas.
Eles observam ainda que a Heineken tem enfrentado restrições de capacidade que beneficiaram a Ambev no lado competitivo.
Para superar esses problemas, os analistas contam que a Heineken anunciou R$ 2,6 bilhões em investimentos entre 2019 e 2023, sendo a fábrica em Pedro Leopoldo o projeto principal.
“Nosso caso base assume que a Ambev aumentará os volumes de cerveja brasileira em 2% em 2022, já que as restrições de capacidade da Heineken provavelmente ainda resultarão em condições competitivas favoráveis, mas que o crescimento da Ambev cairá para quase estável em 2023 e 2024 à medida que novas capacidades entram no mercado”, comentam.
Por isso, a corretora manteve a recomendação de compra para a Ambev com preço-alvo de R$ 21, alta de 39% em relação ao fechamento desta última quarta-feira (06).