Economia

Nova deflação ou retomada das altas? Veja o que esperar do IPCA de setembro

10 out 2022, 16:10 - atualizado em 10 out 2022, 16:11
Renda Fixa
A projeção média é de que o IPCA recue 0,3% no mês, após as quedas de 0,68% em julho e 0,36% em agosto. (Imagem: Mehaniq)

Amanhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os dados de inflação de setembro. Para os economistas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve registrar a terceira deflação seguida.

A projeção média é de que o IPCA recue 0,3% no mês, após as quedas de 0,68% em julho e 0,36% em agosto. Se confirmado, o indicador virá bem abaixo do registrado em setembro do ano passado, quando a inflação subiu 1,16%.

“O IPCA acumulado nos últimos 12 meses deve desacelerar para 7,14% em setembro, depois de marcar 8,73% em agosto”, afirma Marcela Rocha, economista-chefe da Claritas Investimentos.

Com isso, o índice ficará mais próximo da projeção do mercado de encerrar 2022 com a inflação no patamar de 5,71% – embora esteja acima da meta de 3,50%.

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Transportes e alimentos

Para Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Banco Modal, a queda no índice deve ficar próxima da leitura de agosto, porém, com maior contribuição dos grupos de Alimentação e Comunicação ante o de Transportes.

“Seguindo a tendência de leituras passadas, Transportes segue como maior contribuidor com queda de 1,71%. Seu headline, porém, está consideravelmente acima da última leitura de -3,37% por conta de cortes menos frequentes e significativos nos preços dos combustíveis”, afirma.

A coleta de dados para o IPCA de setembro considera os últimos cortes da Petrobras (PETR3; PETR4) de R$ 0,25 no preço da gasolina e de R$ 0,30 no diesel. A ANTT anunciou cortes no preço do frete rodoviário, mas seus efeitos só devem ser observados em outubro.

No grupo de Alimentação, foi observada uma surpresa positiva na prévia da inflação. O IPCA-15 registrou uma queda de 0,47%, ante as projeções que apontavam para -0,02%. Já na Comunicação, a deflação prevista é de 2,35%.

Na direção oposta, passagens aéreas, gastos com recreação e energia elétrica serão as principais pressões altistas do índice”, destaca Antonio van Moorsel, sócio e chefe do Advisory da Acqua Vero Investimentos.

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