NotreDame Intermédica não empolga Credit Suisse, em início de cobertura
O Credit Suisse iniciou a cobertura do Grupo NotreDame Intermédica (GNDI3) com recomendação neutra para os papéis. O motivo é que, para o banco suíço, não há nada no horizonte que possa gerar valor relevante para a operadora de planos de saúde.
Para confirmar sua tese, o preço-alvo estimado pelo Credit Suisse para as ações é de R$ 63. Trata-se de uma alta potencial de apenas 2% sobre a cotação do dia 1º, usada como referência pela instituição.
Em relatório obtido pelo Money Times, o analista Maurício Cepeda afirma que a NotreDame possui um bom histórico de gestão e reestruturação.
Essa experiência pode beneficiar o grupo, na busca pela ampliação do número de vidas seguradas, a fim de reduzir a taxa de sinistros (MLR ou medical loss ratio, na terminologia em inglês).
Isso é particularmente positivo no caso da NotreDame, já que a empresa foca planos de saúde de baixo custo e baixo preço, e precisa lidar com as crescentes pressões sobre os custos.
O analista, aliás, espera que a atratividade do papel seja atrapalhada, no curto prazo, por pressões sobre os lucros, o que elevaria o múltiplo P/L (preço-lucro). Atualmente, o papel é negociado pelo equivalente a 40 vezes o P/L.
Hapvida agradece
Nesta quarta-feira (3), o Credit Suisse iniciou a cobertura de outra empresa do setor de saúde, a Hapvida (HAPV3). Embora o preço-alvo seja exatamente o mesmo que o da NotreDame (R$ 63), o banco está bem mais otimista com este papel.