Nos EUA, Bolsonaro vê crescer briga por seu lugar de líder da oposição e riscos de prisão depois de atos antidemocráticos
Nos Estados Unidos desde a véspera de encerrar seu mandato como presidente da República, Jair Bolsonaro começa a ter sua imagem como líder se desgastar e vê a possibilidade de um pedido de prisão aumentar. Longe do Brasil, Bolsonaro diminui o risco de ser preso, mas também não conseguirá manter a imagem construída e nem combater o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Líder da oposição
Presidente do PL, partido que tem Bolsonaro como filiado, Valdemar da Costa Neto dá indícios que pode tentar ocupar o lugar do ex-presidente como líder da oposição. Valdemar, que ofereceu respaldo jurídico e econômico à Bolsonaro, pode usar os acontecimentos de 8 de janeiro para justificar em seu nome um líder mais moderado. O PL chegou a entrar com uma representação questionando os resultados das urnas, o que rendeu o bloqueio das contas o partido, mas não teve posições que incentivassem manifestações como as ocorridas em Brasília.
Nos últimos dias, o PL tem publicado vídeos do seu presidente nas redes sociais com o objetivo de usar os apoiadores de Bolsonaro e mostrar Valdemar mais conhecido do público sem ser pelo noticiário policial.
Temor de um pedido de prisão
Apesar de não ter sugerido explicitamente nenhuma manifestação, e em algumas falas até ter condenado atitudes mais extremas, Bolsonaro faz postagens nas redes sociais que geram interpretações. Depois das manifestações do dia 8, o ex-presidente fez uma publicação que questionava o resultado das eleições. O fato foi motivo para que a Procuradoria-Geral da República pedisse que Bolsonaro fosse investigado pelos acontecimentos.
Ao sair da presidência, Bolsonaro, e alguns de seus apoiadores, também perderam o apoio jurídico da Advocacia-Geral da República em 21 casos. Também voltam a assombrar o ex-presidente, as ações que corriam contra ele no Supremo Tribunal Federal e que agora serão remetidas à juízes de primeira instância.