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Nomes lembrados para o andar de baixo do Mapa, enquanto Geller e Fávaro sustentam o andar de cima

09 nov 2022, 15:23 - atualizado em 09 nov 2022, 15:39

 

(Imagem: Christiano Antonucci/Secom-MT)

O debate em torno dos nomes que lideram as apostas para ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não avançou desde que Money Times antecipou a disputa de Neri Geller (PP-MT), ex-deputado federal e um dos ex-ministro de Dilma, e de Carlos Fávaro (PSD-MT), senador.

Ambos fizeram campanha para Lula, e, inclusive, foram confirmados como membros do time de transição pelo vice eleito e líder da equipe, Geraldo Alckmin (PSD-SP).

Agora, há uma corrida de apostas para alguns nomes que estão sendo cogitados para algum posto no primeiro ou segundo escalão do ministério, abertamente por indicações de apoiadores ou lembrados por conta do passado político, além de manterem acesa suas presenças como participantes importantes do agronegócio.

Também podem servir como consultores no time da transição, ainda que sem postos oficiais, avalia um interlocutor com bastante trânsito entre membros dos governos Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, e do PT, quando atuou como dirigente de uma importância agência do Mapa. Também goza da confiança de várias entidades de classe.

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Os nomes

Nilson Leitão – ex-deputado federal pelo PSDB do MT, próximo de  Alckmin, é presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), órgão de apoio da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Além de político e conhecedor do agronegócio, vale lembrar que a CNA não fez oposição declarada ao presidente eleito Lula, ao contrário de outras entidades setoriais. Inclusive declarou disposta a colaborar em nome do agronegócio.

Márcio Portocarrero – secretário do Meio Ambiente no segundo governo Zeca do PT, no Mato Grosso do Sul, entre 2003 e 2006, hoje é diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), entidade que carrega o peso de influência do maior produtor nacional, Blairo Maggi, ex-ministro. O acionista do Grupo Amaggi também é interlocutor de Lula, embora de contato totalmente discreto, sem aparecer diretamente, e, inclusive, contando com enviados de sua organização, disse a fonte de Money Times.

Teresa Cristina Vendramini – Teka Vendramini, como é mais conhecido no meio é pecuarista e presidente da secular Sociedade Rural Brasileira (SRB), e seu nome teria sido ventilado pelo ex-presidente da SRB, o influente Pedro de Camargo Neto. Este foi, por sinal, consultor na transição do governo Bolsonaro junto à ex-ministra do Mapa, e senadora eleita, Tereza Cristina. Camargo Neto depois se afastou e até subscreveu uma das Cartas pela Democracia, que circularam perto do 7 de Setembro, contrárias às investidas do governo contra as instituições. Ela também teria a simpatia de Roberto Rodrigues, ex-ministro do Mapa no primeiro governo Lula, outro que também deve emprestar alguma ajuda nessa fase pré-governo.

Os três não quiseram se manifestar, o que é normal dadas as circunstâncias políticas que cercam o acomodamento dos nomes nos 31 comitês técnicos da transição, coordenada por Geraldo Alckmin que, inclusive, já afirmou que participar desse time não significa necessariamente participação direta no futuro governo.

Quanto a Márcio Portocarrero, um antigo presidente da Abrapa comentou que ele não teria sido sondado, mas que seria um bom nome para o segundo escalão.

Vale lembrar que foi o caso da ventilação de Marcelo Morandi para presidente da Embrapa, como também foi publicado aqui, graças ao apoio que ele tem na estatal e pela aderência à pauta ambiental do PT, enquanto chefe da Embrapa Meio Ambiente. Em postagem em rede, ele negou algum convite, se disse surpreso com a ideia, mas disposto a colaborar.

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