América Latina

Nobel de Economia critica moeda comum entre Brasil e Argentina

31 jan 2023, 14:30 - atualizado em 31 jan 2023, 14:30
Lula
Em encontro, presidentes de Brasil e Argentina comentaram sobre a intenção de uma moeda comum entre os dois países (Imagem: Esteban Collazo/Presidência da Argentina/Divulgação via REUTERS)

Vencedor do prêmio Nobel de Economia, o economista Paul Krugman declarou que a implementação de uma moeda comum entre o Brasil e a Argentina, como quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda Fernando Haddad, é uma “ideia terrível”.

“Não sei quem teve essa ideia, mas certamente não foi alguém que soubesse alguma coisa sobre economia monetária internacional”, escreveu Krugman em seu perfil no Twitter.

“Uma moeda compartilhada pode fazer sentido entre economias que são os principais parceiros comerciais um do outro e são semelhantes o suficiente para que não enfrentem grandes choques assimétricos”, afirmou Krugman.

O americano destaca que essa situação não se aplica à relação entre brasileiros e argentinos, já que o Brasil destina somente 4,2% de suas exportações para a Argentina. Em contrapartida, a Argentina envia apenas 15% de suas exportações ao Brasil.

Não é o fim do Real: Entenda o que é a moeda comum do Mercosul

“As exportações argentinas são basicamente todas agrícolas. Mais da metade das brasileiras são manufaturas ou combustíveis. Então choques na economia mundial provavelmente causariam grandes mudanças na taxa de câmbio real de equilíbrio”, escreveu o economista.

O anúncio sobre o início de estudos para a implementação de uma moeda comum entre os dois países foi anunciada em encontro entre o presidente Lula e Alberto Fernández, presidente da Argentina, durante evento dos países latino-americanos neste mês em Buenos Aires.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar