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No Rio, oito a cada dez consumidores priorizam o comércio de bairro

29 jun 2020, 18:28 - atualizado em 29 jun 2020, 18:28
Varejo Coronavírus Comércio
Segundo o levantamento, a maior parte dessas pessoas pretende seguir comprando nesses estabelecimentos após o fim da pandemia do novo coronavírus (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

No estado do Rio de Janeiro, oito a cada dez consumidores priorizam o comércio de bairro de pequeno e médio porte, durante a vigência das medidas de distanciamento social, de acordo com o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec/RJ).

Segundo o levantamento, a maior parte dessas pessoas pretende seguir comprando nesses estabelecimentos após o fim da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o IFec RJ, a pandemia fez com que os consumidores buscassem os estabelecimentos do próprio bairro, uma vez que as medidas de distanciamento social, necessárias para que o vírus não se propague, fizeram com que as pessoas ficassem mais tempo em casa.

A pesquisa aponta que 81,9% dos consumidores priorizam o comércio de bairro e que, ao final do distanciamento social, entre aqueles que optaram por comprar desse tipo de estabelecimento, cerca de 82,2% pretendem continuar priorizando os negócios de menor porte. O levantamento foi feito com 652 fluminenses.

Compras pela internet

Segundo o levantamento, devido ao isolamento social, 11,3% dos moradores do Rio passaram a fazer compras online. O estudo mostra também que 22,6% dos moradores do estado acreditam que as compras online aumentaram durante o isolamento.

Para outros 22,1% as compras se mantiveram no mesmo nível e, 25,8% observaram uma redução. Ao todo, a maior parte, 81,8%, dos consumidores do estado compram pela internet.

Quase metade daqueles que compraram online durante a pandemia, 45,5%, disseram ter tido algum problema. A principal queixa é a entrega fora do prazo, relatada por 30,7%, seguida por produto entregue com defeito para 1,7%.

Os principais produtos comprados pela internet foram: eletrônicos, como celulares e  computadores (28,4%); alimentos e bebidas (27%); artigos de farmácia e médicos (24%); vestuários e calçados para adultos (22,3%); produtos de saúde e beleza (20,8%); vestuários e calçados infantis (19,6%); eletrodomésticos (18,8%); livros e eBooks (17%); artigos de uso pessoal, como bolsa, óculos, etc. (13,8%); móveis (11,1%); artigos de papelaria (8,2%); brinquedos (7,6%) e materiais de construção (3,5%).

Percepção das despesas

O estudo mostra também que 52,6% dos consumidores entrevistados acreditam que as despesas pessoais fixas e de lazer aumentaram entre maio e junho. Outros 31% acreditam que permaneceram iguais e 16,4% dizem que as despesas diminuíram.

As maiores despesas para os consumidores, em junho, foram com alimentos e bebidas, para 79,6%; com energia elétrica, gás e água, para 56,8%; produtos de higiene pessoal (50,5%); produtos de limpeza (50,5%); produtos farmacêuticos (46,2%); internet de celular (19,3%); e produtos eletrônicos (10,6%).

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e reúne mais de 332 mil estabelecimentos, que respondem por dois terços da atividade econômica do estado.

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