Economia

No pior dos mundos, juros nos Estados Unidos podem chegar a 8%, vê CEO do JPMorgan

09 abr 2024, 12:50 - atualizado em 09 abr 2024, 12:50
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Para Jamie Dimon, mercado está extremamente otimista com cenário de juros americanos e ignora contexto (Imagem: Michel Euler/Pool via REUTERS/File Photo)

Em usa carta anual aos acionistas do JP Morgan, o CEO Jamie Dimon afirmou que o banco está se preparando para uma série de cenários envolvendo as taxas de juros dos Estados Unidos (EUA), desde as mais otimistas, chegando a 2%, até as mais pessimistas, nas quais as taxas chegariam a 8% ou mais, impulsionadas por gastos governamentais e a necessidade de conter os aumentos de preços.

Dimon afirma há tempos que os analistas podem estar extremamente confiantes com suas apostas de que as taxas de juros serão reduzidas rapidamente. No ano passado, ele sugeriu que os juros poderiam chegar a 7%, taxas que estão atualmente entre 5,25% e 5,50%, com potenciais riscos inflacionários.

Para ele, entre as razões para tomar cuidado com as taxas de inflação americana estão a necessidade de conter os aumentos de preços, os gastos fiscais em curso, a remilitarização do mundo, a reestruturação do comércio global e, possivelmente, custos de energia mais elevados no futuro devido à falta do investimento necessário na infraestrutura energética.

O CEO também acredita que as projeções de um alcance de “soft landing” (pouso suave) do mercado, com chances entre 70% e 80% de que o cenário ocorrerá, são extremamente otimistas.

“Parece haver um foco exacerbado nos dados inflacionários mensais e mudanças modestas nas taxas de juros”, afirma Jamie.

Além de apostas sobre juros americanos, CEO discute IA

Dimon, que é executivo-chefe do JP Morgan Chase desde o final de 2005, também abordou os efeitos da Inteligência Artificial (IA) no mercado.

“Ao longo do tempo, prevemos que o uso da IA terá o potencial de aumentar praticamente todos os empregos, bem como de impactar a composição da nossa força de trabalho. Pode reduzir certas categorias de trabalho ou funções, mas também pode criar outras”, afirmou.

O JP Morgan agora possui mais de 2.000 especialistas em IA e “machine learning” e pretende aumentar as posições envolvendo análise de dados.

Ele finalizou afirmando que o banco está convencido de que as consequências da IA serão extraordinárias e possivelmente tão transformadoras quanto algumas das principais invenções dos últimos séculos, como a eletricidade e a Internet.

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