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No Nordeste e Norte, nem a produção de açúcar disparou, nem a do hidratado caiu severamente

28 nov 2022, 16:14 - atualizado em 28 nov 2022, 16:14
Até final de outubro, 41% da safra do Norte e Nordeste haviam sido colhidos (Imagem: REUTERS/Chalinee Thirasupa)

Ao contrário do que se poderia imaginar, nem a produção de açúcar disparou bruscamente, nem a retração do etanol hidratado no Nordeste e Norte foi severa, a menos que tenha havido mudança brusca no mês de novembro.

A safra nas regiões começou ao final de setembro, no pico dos problemas de competividade do biocombustível – com o engessamento do preços da gasolina mais queda das taxas sobre os combustíveis -, e, na mão inversa, a extensão de altas da commodity.

Algumas unidades, por exemplo, praticamente saíram totalmente da produção de etanol hidratado, como a Usina Coaf, cooperativa, de Pernambuco.

No acumulado da safra até a segunda semana de outubro, com 41% da cana disponível moída, a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) registou 507 milhões de litros, retração de 6,4% na comparação com os dados de 31 de outubro de 2021.

Em relação ao adoçante, a alta na produção foi de 2,7%, atingindo em torno de 1,08 milhão de toneladas.

Enquanto a safra corre, passando das 24,4 milhões de cana-de-açúcar processadas até outubro, em nível praticamente igual contra os números de 2021, Renato Cunha, presidente da Novabio, acredita que a açúcar vai chegar ao final com elevação da oferta de 10,4% sobre o ciclo 21/22.

Até fevereiro, quando encerra a temporada 22/23, a estimativa é de 3,1 milhões de toneladas do adoçante.

Já o etanol anidro deu uma boa disparada nesse intervalo divulgado pela NovaBio, seguindo o padrão das demais já que a gasolina foi a que mais ganhou competitividade com o ICMS em 18% para todos os estados e a suspensão do PIS/Cofins.

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