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No ‘ano da verdade’ para Raízen (RAIZ4), BTG corta preço-alvo para ação; vale comprar?

16 abr 2024, 13:00 - atualizado em 18 abr 2024, 18:42
raízen raiz4
O BTG vê 2024 como um ano crucial para determinar os rumos da história patrimonial da Raízen; o que fazer com as ações? (Imagem: Divulgação/ Facebook Raízen)

BTG Pactual cortou seu preço-alvo para Raízen (RAIZ4) de R$ 8 para R$ 7, refletindo as novas curvas de preços do açúcar, petróleo e etanol.

Apesar disso, o potencial de alta para a ação segue elevado, em 133% com base no preço de R$ 3 para ação.

O preço-alvo do banco é baseado na Soma das Partes (SOTP), o que implica em um grande potencial de valorização, principalmente devido à expectativa de que o ciclo de investimentos começará a desaparecer, permitindo um ciclo de desalavancagem mais sério à medida que os investimentos amadurecem.

Embora o desempenho operacional tenha correspondido amplamente às expectativas, os múltiplos de negociação foram reduzidos.

O índice de alavancagem aumentou para 2,6x ND/EBITDA e a dívida representa agora 47% do valor da empresa (em comparação com 20% no momento do IPO, em 2021).

O BTG enxerga que a transferência aos detentores de dívidas se tornou o principal obstáculo à realização do potencial de valor patrimonial da Raízen.

O ano da verdade para Raízen

Segundo o banco, os múltiplos de negociação comprimidos sugerem que os investidores estão menos otimistas quanto ao potencial de crescimento da Raízen, ou pelo menos percebem riscos mais elevados agora.

A Raízen investiu cerca de R$ 15 bilhões em investimentos relacionados ao crescimento nos últimos 2,5 anos, principalmente em E2G, renovação de cana-de-açúcar e, em menor escala, energia.

Sendo assim, o BTG vê 2024 como um ano crucial para determinar os rumos da história patrimonial da Raízen. Eles esperam que o projeto E2G produza resultados iniciais à medida que a primeira das novas plantas entrar em operação.

Embora a produtividade da cana-de-açúcar tenha melhorado nos últimos dois anos, isso ainda precisa levar a uma redução de custos para aproximar os custos de produção da Raízen aos benchmarks do setor.

Além disso, o negócio de distribuição de combustíveis necessita equilibrar margens mais elevadas com a capacidade de manter a quota de mercado.

Com isso, a após racionalizar o investimento, o banco espera que a Raízen seja capaz de interromper a queima de caixa no exercício de 2025 e potencialmente iniciar o tão necessário processo de desalavancagem.

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