Nigéria supera média mundial de mulheres nos conselhos
Pelo menos um em cada cinco integrantes dos conselhos de administração das maiores empresas da Nigéria é do sexo feminino, bem acima da média mundial de 17%.
Três das 20 empresas mais capitalizadas da Nigéria têm uma mulher como presidente do conselho, de acordo com pesquisa publicada nesta sexta-feira pela The Professional Women Roundtable, uma consultoria de diversidade de gênero com sede em Lagos.
Os bancos nigerianos têm mais mulheres nos conselhos: pelo menos um em quatro assentos. O banco central recomenda às instituições financeiras que mulheres ocupem pelo menos 30% dos assentos no conselho
Com mulheres ocupando um em cada quatro assentos no geral, a África tem a maior parcela feminina nos conselhos, superando a Europa (segunda colocada, com 23%) e a América Latina (retardatária global, com 7%), informou o Instituto Global McKinsey em relatório no ano passado.
Ainda que a Nigéria esteja ligeiramente abaixo de outras nações africanas, como como Botswana e Quênia, a pesquisa de sexta-feira mostra que o país vai bem nesse quesito, com 21%.
Empresas que incluem mulheres no alto escalão executivo têm 25% mais propensão a entregar lucratividade acima da média, afirmou a McKinsey no início deste ano.
Sub-representação política
Os ganhos da Nigéria corporativa contrastam com a posição das mulheres na política. O país mais populoso da África tem a menor proporção de legisladoras do continente, de acordo com a União Interparlamentar, grupo de defesa de direitos que contabiliza essa representatividade.
As nigerianas ocupam apenas 4% dos assentos na Câmara de Deputados, atingindo a 184ª posição entre 193 países acompanhados pelo grupo sediado em Genebra. Ruanda é líder global, com 61%.
A Nigéria ainda não teve uma mulher presidente, vice-presidente ou governadora de um de seus 36 estados.