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Nicolás Maduro divulga novo mapa da Venezuela, com área da Guiana anexada; confira

06 dez 2023, 10:59 - atualizado em 06 dez 2023, 10:59
Mapa Venezuela
Novo mapa da Venezuela, divulgado por Nicolás Maduro. (Imagem: Reprodução/X)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, divulgou em seu perfil do X (ex-Twitter) novo mapa do país. Agora, o mapa conta com a área incorporada da Guiana.

Em 3 de dezembro, mais de 95% dos eleitores aprovaram a criação de um estado no país, chamado Guiana Essequiba, no território que pertence ao país vizinho, mas que o governo venezuelano alega ser seu.

“Imediatamente ordenei publicar e levar a todas as escolas, colégios, Conselhos Comunitários, estabelecimentos públicos, universidades e em todos os lares do país o novo Mapa da Venezuela com a nossa Guiana Essequiba. Este é o nosso querido mapa!”, publicou Maduro em seu perfil do X.

Além disso, em um pronunciamento público, Maduro anunciou que estava ordenando que a PDVSA, estatal petroleira, conceda licenças para a exploração de gás e petróleo na região.

Após o posicionamento de Maduro, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou que o país irá acionar nesta quarta-feira (6) o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

“A Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo. A Venezuela declarou-se claramente uma nação fora da lei”, afirmou Ali.

Entenda por que a Venezuela quer parte da Guiana

Por trás dessa reivindicação, há razões estratégicas significativas. A região é rica em recursos naturais, incluindo petróleo, ouro e minerais.

Além disso, sua localização geográfica é estrategicamente valiosa, oferecendo acesso ao Oceano Atlântico.

Especialistas apontam que a insistência de Maduro pode ser uma estratégia para fortalecer o sentimento nacionalista na Venezuela, um país que enfrenta severas crises econômicas e políticas.

Ao desviar a atenção do público para uma questão externa, Maduro busca consolidar seu poder interno.

A comunidade internacional tem observado com cautela os desdobramentos dessa disputa. A Guiana, apoiada pela decisão de um tribunal internacional em 1899, que atribuiu o território a ela, tem buscado soluções diplomáticas, apelando à Organização das Nações Unidas e à Corte Internacional de Justiça.

*Com Pedro Pligher