NFTs: O que esperar do “efeito Instagram”?
Adam Mosseri, Head do Instagram, anunciou em seu perfil na própria rede social que a plataforma terá suporte para tokens não fungíveis (NFTs). Segundo o comunicado, os testes começaram já nesta segunda-feira (9).
No comunicado Mosseri diz:
“Esta semana estamos começando a testar colecionáveis digitais com um punhado de criadores e colecionadores dos EUA que poderão compartilhar NFTs no Instagram que eles criaram ou compraram. Não haverá taxas associadas à postagem ou compartilhamento de um colecionável digital no Instagram.”
Qual vai ser o “efeito Instagram”?
A pergunta dos investidores e usuários de NFTs é: qual o impacto que a decisão terá sobre o mercado de tokens não fungíveis?
Para Caio Vicentino, embaixador da Maker DAO no Brasil — e proprietário de NFTs como Mutant Ape Yatch Club [da famosa coleção Bored Ape Yatch Club], e terrenos virtuais — a novidade trará uma exposição enorme para o mercado de NFTs e o impacto será “muito positivo”.
“Ainda está no projeto inicial, então existem poucas contas com este recurso habilitado. Porém, futuramente vai ser liberado para o público geral, inclusive o brasileiro. Através do entendimento do que é um NFT, as pessoas vão compreender o que é uma propriedade digital, e pela primeira vez vão entender a importância de possuir um ativo realmente escasso em uma carteira digital”, explica.
Segundo Vicentino, esse é o primeiro passo para que o público geral entenda o que é o Bitcoin (BTC) de fato.
Ele ressalta que na parte inicial, o Instagram irá possibilitar a exposição de NFTs no “feed” ou “até quem sabe como foto de perfil”, mas, no primeiro momento, a negociação desses ativos não será feita pela plataforma, apenas pelos marketplaces que já existem no mercado.
Orlando Telles, Sócio-fundador da Mercurius Crypto, concorda com a exposição no Instagram ser positiva para o mercado de tokens não fungíveis. Entretanto, ele adiciona que é necessário ter cautela em relação à centralização e ficar atento para como vai funcionar essa nova ferramenta:
“Em contrapartida, é preciso observar o quão fácil vai ser para o usuário, e se, dentre estes termos, isso acabaria gerando uma certa dependência dele para uma empresa centralizada, podendo até tirar a privacidade da carteira do usuário entre outros fatores.”
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