Nexa suspende operação em mina subterrânea em MG após deslocamento de solo
A Nexa Resources suspendeu temporariamente, de forma preventiva, as atividades de sua mina subterrânea Extremo Norte, em Vazante (MG), após inspeções regulares identificarem deslocamentos de solo acima do normal ao redor do acesso principal e da rota de fuga do ativo, informou a mineradora nesta sexta-feira.
A companhia frisou que “não há risco para pessoas ou equipamentos à medida que eles já foram retirados do local e não há nenhuma estrutura acima da mina” e que a suspensão, que segue normas de segurança, não deverá impactar a produção no primeiro trimestre.
As atividades operacionais em Extremo Norte devem ser retomadas nos próximos dois a três meses, projetou a Nexa.
Para evitar o impacto sobre a produção, a empresa vai aumentar a capacidade da mina Vazante. Pertencentes à chamada Operação Vazante, ambas unidades produzem zinco, chumbo e prata.
A meta de produção de zinco da mina de Vazante para 2021, no entanto, foi revisada para 130-140 mil toneladas, contra 140-150 mil toneladas.
Já o teor médio do zinco deve diminuir para 9,88% em comparação com uma estimativa anterior de 10,58% para o ano.
A previsão para a produção de chumbo, de entre 1 mil e 1,5 mil toneladas, e a faixa de produção de prata, de 345 mil oz a 395 mil oz, permanecem inalteradas.
A projeção sobre custos está em revisão.
“A movimentação de rochas em uma mina subterrânea é comum e não houve desabamentos. A empresa está monitorando a movimentação das rochas, a partir das melhores tecnologias no mercado e, considerando as avaliações até o momento, não há risco de colapso da mina”, afirmou a Nexa.
A empresa disse ainda que suas equipes, apoiadas por especialistas externos, está realizando uma análise detalhada das condições geológicas e geotécnicas a fim de garantir a segurança dos trabalhadores e a retomada das atividades.