Internacional

New kids on the block: Brics aprova entrada de mais 6 países membros; veja quais

24 ago 2023, 8:31 - atualizado em 24 ago 2023, 8:31
Brics
Brics convida formalmente seis países a participarem do grupo (Imagem: REUTERS/Siphiwe Sibeko)

O Brics, grupo de economia em crescimento formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, aprovou a entrada de mais seis países membros. Dessa maneira, a partir de janeiro de 2024, serão membros permanentes Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Os novos países foram anunciados pelo presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.“O Brics embarcou num novo capítulo no seu esforço para construir um mundo que seja justo, um mundo que também seja inclusivo e próspero”, afirmou.

Nesta quinta-feira (24), se encerra a 15ª Cúpula do Brics, em que se reuniram líderes e representantes dos países para discutir, entre outros temas, a adesão de outros membros.

Em seu perfil no X — antigo Twitter —, o presidente Lula destacou a relevância do grupo e deu boas-vindas aos novos participantes.

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Expansão do Brics

Em meio à insatisfação generalizada com a ordem mundial vigente, a promessa dos países-membros de tornar o grupo uma das principais lideranças do “Sul Global” encontrou ressonância, apesar da escassez de resultados concretos.

Mais de 40 países manifestaram interesse em ingressar no Brics, dizem autoridades da África do Sul, que sediará a cúpula de 22 a 24 de agosto. Destes, quase duas dúzias pediram formalmente para serem admitidos.

“A necessidade objetiva de um agrupamento como Brics nunca foi tão grande”, disse Rob Davies, ex-ministro do Comércio da África do Sul, que ajudou a introduzir seu país no bloco em 2010. “Os organismos multilaterais não são lugares onde podemos ir e obter um resultado equitativo e inclusivo.”

O Lula, em sua transmissão semanal, já havia declarado ser a favor da entrada de novos países com precauções, mas que defende veementemente a entrada da Argentina para fortalecer a América do Sul, principalmente.

“A gente não quer contrapor G7G20 ou Estados Unidos. Nós queremos organizar e fazer algo novo. […] Sempre fomos deixados como os países pobres. Queremos poder sentar na mesma mesa para negociar com os países da União Europeia de igual para igual”, disse.

* Com Juliana Caveiro e Reuters