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Nestlé aumenta apetite por aquisições diante de vendas fracas

15 fev 2020, 19:21 - atualizado em 13 fev 2020, 16:10
A maior empresa da Europa em valor de mercado está sob crescente pressão (Imagem: Stefan Wermuth/Bloomberg)

O diretor-presidente da Nestlé, Mark Schneider, disse que a maior empresa de alimentos e bebidas do mundo planeja acelerar as aquisições, identificando áreas como saúde e nutrição metabólica para impulsionar o crescimento das vendas, que ainda está aquém da meta do grupo.

A Nestlé fechou mais de 50 acordos desde que Schneider assumiu o comando em 2017, transformando 12% do portfólio da empresa.

Em entrevista, o CEO disse na quinta-feira que esse ritmo vai continuar, embora com um foco mais forte em aquisições do que em vendas de ativos.

A maior empresa da Europa em valor de mercado está sob crescente pressão para se desfazer de ativos com baixo desempenho, como água engarrafada em larga escala e de sua problemática marca chinesa Yinlu.

A empresa informou na quinta-feira que precisará de mais um ou dois anos para retornar ao crescimento anual de vendas de 4% a 6%.

Um dos principais ativos à disposição de Schneider para financiar um negócio potencialmente grande é a participação de US$ 37 bilhões da Nestlé na fabricante francesa de cosméticos L’Oreal, que Schneider chamou de investimento financeiro, sugerindo que pode ser vendida caso a empresa precise dos recursos.

“De qualquer forma, temos muito espaço e colchão em nosso balanço patrimonial, mas essa é uma opção”, afirmou em entrevista à Bloomberg TV. “Se necessário, poderíamos aproveitar isso para financiar uma aquisição.”

A Nestlé possui ações da L’Oreal há mais de 40 anos e a empresa está feliz com sua posição, disse Schneider. Ele também disse que não iria especular quando uma venda poderia acontecer.

Na quinta-feira, a Nestlé adiou o prazo para atingir sua meta de crescimento de vendas porque a receita da China, o segundo maior mercado da fabricante do Nescafé, já desacelerava antes mesmo do surgimento do novo coronavírus.

Empresas de pequeno e médio porte são o “ponto ideal” da gigante suíça porque são menos arriscadas, mas Schneider disse que não descartaria um grande negócio.

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