AgroTimes

Nesta safra de resultados, apenas uma ação agro será recordista e vale tê-la

23 jul 2021, 14:13 - atualizado em 23 jul 2021, 14:31
Mercados Ações Investimentos Bolsa de Valores
Com temporada de balanços ganhando ritmo no Brasil, investidores buscam saber quais empresas apresentaram os melhores desempenhos no trimestre passado. E no agronegócio não é diferente (Imagem: Reuters/Shailesh Andrade)

A temporada de resultados começa ganhar corpo no Brasil, à medida que é revelado ao mercado como foi o desempenho das empresas no decorrer do segundo trimestre. E com as companhias ligadas ao agronegócio não é diferente.

Dentre o universo de ações agro listadas na Bolsa brasileira coberto pelo Bank of America (BofA), apenas uma, de fato, realmente merece a atenção dos investidores, aponta relatório obtido pelo Agro Times.

“O principal gancho no período são as dinâmicas diferentes entre os Estados Unidos e o Brasil. Enquanto na América do Norte a demanda dos bares e restaurantes está bastante aquecida, puxada pela sazonalidade e taxa de vacinação; aqui, o setor de alimentos ainda têm desafios”, explica o time de analistas do banco norte-americano.

O auxílio emergencial pago à população brasileira mais vulnerável durante a pandemia de Covid-19 ajuda a sustentar os preços elevados das carnes no país, apesar de não compensar os fortes custos das empresas agro com os grãos mais caros no mercado internacional, usado na ração animal.

Portanto, o BofA separou o joio do trigo e eis o resultado: a ação da JBS (JBSS3) é a única a ostentar recomendação de compra pelo banco estrangeiro.

“A JBS deve apresentar o melhor Ebitida (indicador que mede o resultado operacional) de todos os tempos para um 2° trimestre, puxado pelas operações nos EUA, que devem disparar 11% no intervalo de um ano”, enfatizam os analistas.

O lucro líquido da JBS entre abril a junho deste ano deve somar R$ 4,9 bilhões ante R$ 3,4 bilhões um ano antes, segundo o BofA.

Por outro lado, taxados com recomendação neutra estão os seguintes frigoríficos: Marfrig (MRFG3), Minerva (BEEF3) e BRF (BRFS3).

Já o caso da M. Dias Branco (MDIA3), fabricante de massas e biscoitos, é mais delicado, na avaliação do banco estrangeiro, que recomenda a venda da ação alimentícia.