Nem pós-Lula, nem pós-violência política: juros livres ao agro seguem como dantes
Não houve contaminação nas taxas de juros livre para os produtores rurais com os temores fiscais, e nova onda de juros de contrapeso, como ficaram mais evidenciados pelo mercado com as políticas hora desenhadas pelo governo.
Tampouco os acontecimentos violentos do domingo, cujos respingos de crise política foram debelados pela reposta institucional por democracia, ocasionaram alertas nas instituições financeiras. Por sinal, o dólar, sinônimo de aversão ao risco, cai pelo segundo dia e nem na segunda disparou.
É importante esse monitoramento porque o disponível para o Plano Safras, de R$ 340 bilhões a juros subsidiados, está escasseando. Algumas linhas os bancos já contigenciam.
O quadro traçado é da Sonhagro, rede de lojas de crédito para produtores rurais que representa vários bancos, e que estaria sentindo algum movimento de defesa por parte dos agentes.
Romário Alves, fundado e CEO da franquia, diz que os 12% de juros nos empréstimos da Recursos Próprios Livres (RPL) – fora, portanto, do Plano Safra -, estão mantidos há cerca de dois meses para grandes produtores.
Para médios, ainda se consegue taxas de 8%.
Ambos com prazo de 8 anos para pagamento.
Quanto ao Pronaf, da agricultura familiar, que deverá ser gerido pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) na dotação da safra 23/24, Alves calcula que ainda há disponível.