CNT

Nem Lula, nem Bolsonaro: Outsider pode ganhar força nas eleições de 2018

06 mar 2018, 12:27 - atualizado em 06 mar 2018, 12:27
“Nota-se elevado percentual de votos brancos, nulos e indecisos nas simulações de primeiro e de segundo turnos”

O cenário traçado pela pesquisa CNT/MDA sobre as eleições de 2018 revela um alto descontentamento do público com os governantes tradicionais, conforme mostram os números dos votos inválidos.

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No 1º turno, sem Lula, Jair Bolsonaro teria 20%, Marina Silva 12,8%, Geraldo Alckmin 8,6%, Ciro Gomes 8,1%, Álvaro Dias 4%, Fernando Haddad 2,3%, Fernando Collor 2,1%, Manuela D´Ávila 1,3%, Michel Temer 1,3% e Rodrigo Maia 0,8%. Os brancos, nulos e indecisos, somam 38,7%.

Já no 2º turno, também sem o ex-presidente, uma disputa entre Bolsonaro (26,7%) e Alckmin (24,3) tem 41,6% de brancos e nulos, mais 7,4% de indecisos. Entre Marina Silva (26,3%) e Alckmin (24,6%), os brancos e nulos sobem a 42,5% e os indecisos ficam em 6,6%.

“Nota-se elevado percentual de votos brancos, nulos e indecisos nas simulações de primeiro e de segundo turnos e alta taxa de rejeição a todos os candidatos, o que possibilita o surgimento de outsiders que podem conquistar o voto desses eleitores”, ressalta o levantamento.

A rejeição também é altíssima. Dos entrevistados, 47,8% não votariam de jeito nenhum em Ciro Gomes, 50,7% em Alkmin, 50,4% em Bolsonaro, 46,7% em Lula, 53,9% em Marina Silva, 88% em Michel Temer, e 55,8% em Rodrigo Maia.

Os “outsiders” ainda não aparecem na pesquisa da CNT.