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Nem dezembro tem cara de segurar o boi, que pode romper para baixo dos R$ 270

30 nov 2020, 17:42 - atualizado em 30 nov 2020, 18:02
Gado Boi
Intensificada pressão baixista sobre o boi gordo com as escalas mais largas dos frigoríficos (Imagem: Arquivo/Agência Brasil/ASCOM ADEPARÁ)

As escalas médias das unidades frigoríficas em São Paulo já passaram dos sete dias úteis e se alargarem um pouco mais o piso para o boi gordo pode romper para baixo dos R$ 270.

O indicador Cepea/Esalq está meio longe de mostrar essa tendência, já que na sexta balizou o mercado em R$ 279,80, em queda de 1,91%. Mas como está com pouco informantes e concentrados em negócios com animal sob premiação, segundo vários agentes, reflete menos a pressão baixista.

As referências da Agrifatto e da Scot Consultoria estão ficando mais distantes e podem chegar a reproduzir o boi gordo paulista até perto dos R$ 265, “se os frigoríficos seguirem compondo bem suas programações de abate”, diz Yago Travagini, analista da primeira empresa.

Respectivamente, ficaram nesta segunda (30) em R$ 274,64 (-0,45%) e R$ 271 (estável), ambos no à vista.

E está-se falando para dezembro mesmo, em que pese um pouco mais de demanda interna pelas festas.

Travagini lembra que boi a termo chega em volumes suficientemente razoáveis para o momento do consumo, além do que no máximo dia 23 os negócios devem parar também, em grande medida, só retomando em janeiro.

Vale registrar ainda que se houver alguma chance recuperação das cotações deverá ser leve, visando algum abastecimento do varejo ante o pagamento do começo da próxima semana.