Nem Bolsonaro nem Lula: Outro nome dita os rumos do dólar
As eleições se aproximam do fim e o dólar sente os efeitos de investidores elevando a cautela à espera do resultado da disputa entre o presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição pelo PL, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode subir a rampa do Planalto pela terceira vez na história.
Enquanto a corrida eleitoral não é definida, os ativos domésticos são penalizados pela forte volatilidade e o mercado não sabe qual direção seguir. E com a moeda norte-americana não é diferente.
Sem tempo para eleições
Na segunda-feira, com Bolsonaro ou Lula eleito, analistas antecipam que o efeito pós-eleição terá vida curta. Isso porque há um terceiro elemento em jogo: Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). É ele quem tem dado a tônica do mercado internacional nos últimos meses, quando começou a subir a taxa de juros nos Estados Unidos.
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O investidor não terá tempo de digerir o resultado da eleição quando o combo Jerome Powell – presidente do Fed -, inflação e taxa de juros americana voltará a dar as cartas do jogo.
O sócio e analista da Ajax Capital, Rafael Passos, comenta que será possível ver uma sensibilidade um pouco maior no dólar, nas próximas semanas, porque o cenário internacional segue extremamente volátil. “Querendo ou não, temos lá fora uma dinâmica mais negativa”, comenta.
3º turno para o dólar
Para o sócio-diretor da Pronto Invest, Vanei Nagem, o efeito do resultado da eleição na moeda americana vai até a semana que vem. “Depois descola [do cenário local] e vai seguir o mercado lá fora, com os bancos centrais no radar”, comenta.
Colado às eleições, na quarta-feira, tem feriado local e a decisão de política monetária do banco central americano, que deverá elevar os juros mais uma vez. Investidores também aguardam as sinalizações do Fed, reportadas por Powell, sobre a inflação e os próximos passos de política monetária.
Os bancos centrais voltam ao protagonismo esta semana, com as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) hoje à noite e, amanhã, do Banco Central Europeu (BCE).
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