Nem Black Friday salva: Magazine Luiza e Via seguem Ibovespa e caem por temores com nova variante de Covid
Como a maioria das ações da Bolsa nesta sexta-feira (26), os dois principais varejistas do e-commerce brasileiro operam em forte queda. Mesmo com a Black Friday acontecendo hoje, os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) e da Via (VIIA3) não se salvaram da pressão que a nova variante do coronavírus, identificada na África do Sul, exerce sobre o Ibovespa.
O Magalu fechou negociado com desvalorização de 7,36%, a R$ 8,06, enquanto a Via cedia 4,54%, cotada a R$ 5,68.
Países ao redor do mundo começaram a detectar casos da nova variante do coronavírus descoberta na África do Sul, a B.1.1.529. Voos com origem em países do continente africano foram temporariamente restringidos no Reino Unido, Alemanha, Itália, Israel, entre outras regiões.
De acordo com cientistas, a nova variante tem uma combinação atípica de mutações, tornando-a mais transmissível e capaz de evitar respostas imunológicas.
E o resto do setor de varejo?
Além do Magazine Luiza e da Via, outros papéis caem forte no pregão desta sexta. As empresas de vestuário operam no vermelho, com a maior desvalorização vindo da Lojas Marisa (AMAR3). No mesmo horário das 12h40, a ação despencava 7,56%, a R$ 3,79.
- Lojas Renner (LREN3) recuava 5,72%, a R$ 29,01. A rival C&A (CEAB3) caía 4,22%, cotada a R$ 6,35;
- O Grupo SBF (SBFG3), dono da Centauro, registrava perdas de 4,86%, a R$ 25,86;
- A Track&Field (TFCO4) caía 3,92%, com a ação negociada a R$ 12,01;
- O Grupo Soma (SOMA3) e a Natura (NTCO3) mostravam as menores perdas do setor no momento, de 2,75% e 1,82%, respectivamente.
A sexta também não é boa para as ações das operadoras de shopping centers, com queda generalizada entre os principais nomes do setor. A Aliansce Sonae (ALSO3) está no topo da lista de maiores perdas dos papéis de shoppings.
Black Friday mais fraco em 2021
A Black Friday ocorre um dia depois da Ação de Graças nos Estados Unidos, mas também acontece aqui no Brasil. Esse é um dos principais eventos para o varejo brasileiro, pois acaba impulsionando as vendas de fim de ano, junto com Natal e Ano Novo.
No início da semana, o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) soltou uma pesquisa na qual dizia que as vendas da Black Friday virão mais fracas que as do ano passado.
De acordo com o instituto, apenas cinco categorias de produtos terão crescimento na intenção de compra do consumidor neste ano.
Entre as categorias observadas, só jogos eletrônicos – Nintendo Switch (25,7%), bicicletas (18,1%), fones de ouvidos (20%), consoles de video-game (0,8%) e calçados (0,5%) estão com crescimento previsto para o período.