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Negócios ilícitos impulsionam serviço de mascarar criptomoedas

16 jul 2022, 19:00 - atualizado em 15 jul 2022, 10:39
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Um quarto de todos os ativos envidados aos mixers este ano vieram de endereços de criptomoeda ilícitos, ante 12% no ano passado (Imagem: Unsplash/Quantitatives)

Os serviços usados para mascarar transações de criptomoedas receberam mais tokens do que nunca este ano, e grande parte veio de negócios ilícitos.

Os chamados crypto mixers, projetados para preservar a privacidade dos usuários de blockchain, ganharam popularidade nos últimos anos, de acordo com um relatório da Chainalysis, uma empresa de análise de blockchain.

A média móvel de 30 dias do valor total das criptomoedas enviadas aos mixers atingiu um recorde histórico de US$ 51,8 milhões em 19 de abril, segundo o relatório.

Um quarto de todos os ativos envidados aos mixers este ano vieram de endereços de criptomoeda ilícitos, ante 12% no ano passado.

A maioria dos endereços de carteiras ilícitas que enviam tokens para mixers são entidades sancionadas, segundo o relatório.

O mercado russo de darknet Hydra foi responsável por metade de todos os fundos transferidos para mixers de contas sancionadas este ano, disse a Chainalysis.

Quase todos os fundos restantes que passaram dessas entidades para mixers vieram do Lazarus Group e Blender.io, ambos associados ao governo norte-coreano.

A maioria dos mixers não está em conformidade com certas regras de identificação do cliente, tornando-os a ferramenta favorita de quem quer esconder suas atividades ilegais no blockchain, disse o relatório da Chainalysis.

Mas os mixers também são usados por quem precisam de privacidade, pois podem estar sob regimes opressivos ou precisam fazer transações legais anonimamente.

As bolsas centralizadas e os protocolos financeiros descentralizados também estão aumentando o uso dessas ferramentas, mostrou o relatório.

“Os misturadores apresentam uma questão difícil para os reguladores e membros da comunidade de criptomoedas”, disse o relatório.

“Praticamente todo mundo reconheceria que a privacidade financeira é valiosa e que, em tese, não há razão para serviços como mixers não serem capazes de fornecê-la.”

Mas os mixers já estão sob algum escrutínio, pois hackers os usam para roubar milhões.

O Tesouro dos EUA, no início deste ano, vinculou a Lazarus ao roubo de mais de US$ 600 milhões em criptomoedas da plataforma Ronin, que é usada por jogadores do Axie Infinity para transferir criptomoedas.

O hack foi um dos maiores em valor roubado na história das criptomoedas.

Os hackers usaram um mixer popular baseado no blockchain Ethereum (ETH), chamado Tornado Cash, para mascarar suas transações.

Alguns dos fundos foram congelados quando atingiram a bolsa de criptomoedas Binance através do Tornado Cash.

A Binance na época disse que trabalhou com “empresas de análise de blockchain líderes do setor” para rastrear e desmascarar as transferências.

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