Negociações entre EUA e China encerradas antes do previsto; sobe aversão ao risco
A esperança de um acordo comercial entre EUA e China no curto prazo pode ter sido novamente suspensa com risco de novo congelamento das negociações entre representantes das duas maiores economias do mundo.
A delegação chinesa, que estava em solo americano para avanço de conversas comerciais, foi embora dos EUA antes do combinado. Além disso, a programada visita a regiões agrícolas dos EUA acabou não acontecendo. Com isso, instalou-se a aversão ao risco nos mercados.
Os índices de Wall Street, que estavam em leve alta, passam a operar no vermelho. Às 14h29, Dow Jones está com perdas de 0,34%, S&P 500 cede 0,35%, enquanto Nasdaq cai 0,78%. O preço das Treasuries americanas subiram, com o rendimento do título de 10 anos caindo para 1,761%, de 1,772%.
O Ibovespa chegou a máxima de 105.044 poucos minutos antes da informação do possível novo congelamento de negociações, com uma alta de 0,66%.
Em seguida, o principal índice acionário brasileiro acompanhou a mudança de sentimento e passou a operar com leve alta de 0,01% a 104.349 pontos. O dólar acabou não tendo impacto significativo, sendo negociado a R$ 4,1615, baixa de 0,14%.
Trump disse minutos antes que busca por “acordo completo”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que quer um acordo comercial completo com a China e que as compras de produtos agrícolas pelo país asiático não são o suficiente, acrescentando que um grande acordo deve levar tempo.
“Estamos procurando um acordo completo. Não estou buscando um acordo parcial”, disse Trump em entrevista coletiva com o primeiro-ministro australiano Scott Morrison.
“A China começou a comprar nossos produtos agrícolas, se você notou, na última semana. E, na verdade, têm sido compras muito grandes. Mas não é isso que estou buscando. Estou buscando um grande acordo.”