Internacional

Negociação EUA-China leva ganhos a Wall Street na semana; desaceleração preocupa

22 fev 2019, 22:25 - atualizado em 22 fev 2019, 22:25

Por Investing.com – Wall Street monitorou as negociações comerciais entre EUA e China, que nesta semana ocorreram em Washington. Apesar de as reuniões serem a portas fechadas, o otimismo com desfecho positivo, que encerraria a disputa comercial entre os dois países, esteve presente na avaliação de risco dos investidores.

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Esta expectativa influenciou na elevação dos índices acionários americanos a mais uma semana de ganhos, com a Nasdaq em alta de 0,74% a 7.527,55 pontos, a S&P 500se valorizando em 0,64% a 2792,67 pontos, e Dow Jones subindo 0,57% a 26.031,81 pontos.

Houve informações de que os dois países estariam trabalhando em um memorando de entendimento em questões estruturais da economia chinesa, que abrangem áreas como transferência forçada de tecnologia e roubo cibernético, direitos de propriedade intelectual, serviços, moeda, agricultura e barreiras não-tarifárias ao comércio.

Na sexta-feira, especulava-se o encontro do presidente Donald Trump com o vice-premier Liu He, que está liderando a comitiva chinesa. A CNBC diz que a China concordou em adquirir até R$ 1,2 trilhão de produtos americanos.

A perspectiva positiva nas negociações entre os dois países influenciaram o mercado internacional de petróleo, que registrou a segunda semana seguida de alta. A efetivação do acordo de restrição da oferta por países produtores da Opep e fora do cartel também guiou os investidores neste mercado. O WTI, negociado em Nova York, encerrou a semana a US$ 57,17 (+1,49%). Já o Brent, referência internacional da commodity, acumulou ganhos de 1,13% a US$ 67,00.

O patinho feio da semana continuou a perspectiva de desaceleração global para 2019, com o PMI da Alemanha vindo abaixo do consenso, enquanto o índice francês veio acima da expectativa do mercado. A ata da última reunião do Fed também diminuiu o apetite dos investidores. O colegiado da Fomc confirmou o objetivo de redução do balanço da autoridade monetária para o fim deste ano, sem apresentar cronograma. Além disso, manteve indefinida a trajetória futura dos juros americanos.

O Brexit também está na órbita, com as negociações do Reino Unido com a União Europeia em andamento, para evitar uma saída desordenada da ilha do bloco.

Comissão Europeia cogita a possibilidade de adiamento, mas os britânicos terão que comparecer às urnas para as eleições do Parlamento Europeu em maio. A semana também foi marcada por deserções de políticos centristas e defensores da permanência do Reino Unido no bloco do opositor Partido Trabalhista e de governista Partido Conservador.

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