Necton substitui Movida e Via Varejo por Cosan e Camil em carteira de abril

A Necton publicou nesta segunda-feira (1) a composição da sua carteira recomendada para o mês de abril.

Os destaques de março ficaram para o recuo da bolsa logo no fim do mês, tendo sido influenciada pelos desdobramentos da política brasileira – reforma da Previdência e prisão do ex-presidente Michel Temer.

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Segundo Andre Perfeito, economista-chefe da corretora, o momento é de cautela. “Apesar dos pesares, a situação não está tão ruim”, comenta. “Afinal, os juros no resto do mundo permanecem baixos, o que segura a disparada por aqui também do custo do dinheiro”.

Na esfera econômica e política internacional, Glauco Legat, analista-chefe da Necton, menciona a guerra comercial entre as potências chinesa e norte-americana e a indefinição do Brexit.

Para abril, Legat diz que a corretora percebeu que “a volatilidade possui espaço para se manter mais elevada, principalmente com base nos riscos envolvidos na tramitação da reforma da Previdência, que podem resultar em potencial morosidade e diluição do texto inicial”.

Carteira Top 10

A corretora realizou duas alterações na carteira recomendada deste mês, tendo substituído as ações da Movida (MOVI3) e da Via Varejo (VVAR11) pelas da Cosan (CSAN3) e da Camil (CAML3).

“Apesar de ainda termos uma visão bastante construtiva para as duas empresas retiradas, julgamos que não se encontram em um momentum muito favorável pelo aspecto macroeconômico, dado que são empresas cíclicas”, explica a Necton.

Em março, a carteira desvalorizou mais do que o Ibovespa, tendo ficado em -4,7%.

Carteira Dividendos

Na carteira composta por dividendos, não houve nenhuma substituição de um mês para o outro, já que, na visão da Necton, todas as ações “seguem aderentes”.

No mês passado, o retorno da carteira registrou o mesmo percentual do Índice Dividendos, ou seja, desvalorização de 1,8%.

Carteira Small Caps

Na carteira small caps, houve uma mudança. A corretora decidiu por retirar a Portobello (PTBL3) e incluir a Camil por “ser uma empresa bastante defensiva”.

A carteira apresentou desempenho positivo de 2,7% contra a pequena valorização de 0,1% do Índice Small Caps.