Petróleo

“Navio-fantasma” liberiano que saiu da Venezuela é um dos suspeitos por óleo no Nordeste, diz G1

31 out 2019, 16:28 - atualizado em 31 out 2019, 16:28
Nordeste Petróleo Brasil Poluição Litoral
A pedido do G1, a Kpler, empresa de inteligência de dados internacional, rastreou e flagrou essa e mais 13 embarcações irregulares saindo de Puerto José desde maio (Imagem: Reuters/Diego Nigro)

Um navio petroleiro da Libéria que saiu da Venezuela em agosto e desligou seu sistema de rastreamento é avaliado como um dos “fantasmas” suspeitos pelo derramamento de óleo no Nordeste, de acordo com o G1. Operado por uma empresa grega, o navio passou próximo à costa brasileira no mesmo período em que aconteceu o desastre ambiental.

A pedido do portal de notícias, a Kpler, empresa de inteligência de dados internacional, rastreou e flagrou essa e mais 13 embarcações irregulares saindo de Puerto José desde maio.

Alguns barcos “desapareceram” por pelo menos duas semanas. O navio mais próximo ao derramamento, com a bandeira liberiana, começou a navegar em 8 de agosto e desligou seu sistema de monitoração por mais de um mês. No mesmo período, a Marinha e a Polícia Federal já estavam conduzindo investigações.

De acordo com o levantamento, o navio liberiano carregou pouco mais de 1 milhão de barris de petróleo, o equivalente a 15,8 bilhões de litros. Depois de pegar a carga e retomar sua rota, a embarcação sumiu de vista, reaparecendo perto da Malásia um mês depois.

Para os analistas da Kpler, o navio passou pelas águas internacionais ao longo da costa brasileira, indo pelo Cabo da Boa Esperança até a Ásia. A rota alternativa seria o canal do Panamá, onde a fiscalização é bem rígida.

Derrame de petróleo por navio é causa mais provável

O almirante Ilques Barbosa Junior disse que não existe indicação de vazamento no fundo do oceano, como afirmou um pesquisador (Imagem: REUTERS/Diego Nigro)

A Marinha disse ontem (30) que a causa mais provável para explicar as manchas de óleo no litoral do Nordeste é um derrame provocado por alguma embarcação que passava pela costa do país.

A afirmação veio logo após um pesquisador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), vinculado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), dizer que as manchas teriam origem em um grande vazamento abaixo da superfície do mar.

De acordo com o almirante Ilques Barbosa Junior, não existe qualquer indicação de vazamento, uma vez que o governo tem a confirmação de que o petróleo é venezuelano.

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