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Natura recua após previsão de economia maior com Avon

06 jan 2020, 15:19 - atualizado em 06 jan 2020, 15:23
Em dia negativo para o mercado, a Natura recua quase 2,1% (Imagem: Money Times)

Na parte da tarde desta segunda-feira, as ações da Natura (NTCO3) & Co operavam em baixa, em um dia que é negativo para os mercados financeiros.

O mercado recebeu bem a notícia de que a companhia elevou estimativas para a economia de custos anuais decorrente da combinação com a Avon, mas ainda calcula possíveis sinergias de receita, disseram executivos do grupo de cosméticos brasileiro.

Desta forma, por volta das 15h06, os ativos recuavam de 2,10% a R$ 40,14.

A empresa agora calcula economia de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões por ano nos próximos 36 meses, mais do que a previsão de US$ 150 milhões a US$ 250 milhões divulgada em maio, quando anunciou o acordo para comprar a Avon.

“Estamos quantificando potenciais sinergias de receita”, disse o presidente-executivo do conselho de administração e principal executivo do grupo, Roberto Marques, a analistas e investidores em teleconferência.

Com as operações combinadas, a Natura terá 6,3 milhões de consultoras e mais de 3.500 lojas ao redor do mundo, operando em 100 países e atingindo mais de 200 milhões de consumidores.

Marques, que entrou no conselho de administração da Natura há quatro anos e liderou a expansão global da empresa, incluindo a compra da marca britânica The Body Shop, em 2017, afirmou que as economias de custos decorrentes da integração com a Avon se darão no Brasil e no restante da América Latina.

Segundo João Paulo Ferreira, presidente da Natura na América Latina, ainda é cedo para divulgar as projeções de sinergias de receitas, mas a empresa está entusiasmada com as oportunidades.

Os dois executivos ressaltaram que mais detalhes sobre a integração das operações serão dados em um encontro com investidores programado para 24 de abril.

A Natura também fará um segundo evento em Nova York entre outubro e novembro para anunciar o plano estratégico, de acordo com o executivo.

“Estruturalmente seguimos cautelosos com o case dado os riscos de execução, mas no curto prazo o fluxo de notícias é positivo e o papel deve performar acima da média”, escreveram analistas do BTG Pactual  em nota.