Natura (NTCO3) vai se desfazer da Avon Internacional? Venda das operações para gestora está no radar

Natura está mantendo tratativas com gestora IG4 visando uma potencial transação de venda das operações da Avon Internacional (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

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A Natura (NTCO3) pode encontrar uma solução para se desfazer da Avon Internacional. Com operação na Ásia e Europa e sede no Reino Unido, a gestora IG4, de Paulo Mattos, e a Natura estão mantendo tratativas para uma potencial venda dos ativos da Avon fora da América Latina.

Após o Pipeline, do Valor Econômico, noticiar que a IG4 está se preparando para lançar um fundo focado em casos de reestruturação nos continentes em que a Avon Internacional está presente, além dos Estados Unidos, a XP Investimentos pontuou em relatório que a companhia esteve envolvida em discussões de financiamento para o ativo, conforme informações do documento de Chapter 11 (recuperação judicial nos EUA).

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“Acreditamos que as notícias sinalizam o potencial interesse da IG4 na operação internacional da Nayira, enquanto reforçam nossa visão de que a Natura deve solucionar o futuro da Avon International no primeiro semestre de 2025”, diz a analista Danniela Eiger e equipe.

A gestora tem como foco casos de reestruturação, ou seja, atuação em ativos estressados.

Em comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira (20), a Natura confirmou a retomada de estudos de alternativas estratégicas para a Avon fora da América Latina, podendo incluir uma possível venda, parcerias ou spinoff (separação da Avon em uma empresa independente).

“Nesse contexto, vem mantendo tratativas gestora IG4 visando uma potencial transação de venda das operações da Avon fora da América Latina. As tratativas vem sendo mantidas em exclusividade, mas estão ainda em estágio inicial e a companhia permanece avaliando outras alternativas estratégicas”, diz o documento.

Natura pode desbloquear dividendos

Em relatório divulgado no início deste mês, o Goldman Sachs elevou sua recomendação para Natura (NTCO3) de neutra para compra, tendo em vista o avanço da companhia na simplificação de suas operações, o que pode desbloquear retornos atraentes para os acionistas a partir da otimização da estrutura de capital.

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No documento, pontuaram que, ainda que o futuro da Avon Internacional ainda não esteja definido e a integração do Onda 2 (processo de integração entre as marcas Natura e Avon na América Latina) no México a Argentina apresentem riscos, enxergam espaço para um rendimento de dividendos atraente já neste ano, com aumento adicional a partir de 2026 no caso de uma separação da Avon.

O Goldman Sachs recordou justamente que a administração da Natura está avaliando alternativas estratégicas para a Avon Internacional, incluindo uma potencial separação, venda ou parceria da unidade.