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Natura (NTCO3) terá prejuízo de R$ 222 milhões no 1T22, diz XP Investimentos

21 abr 2022, 16:51 - atualizado em 21 abr 2022, 17:02
Natura NTCO3
Dinâmica macroeconômica vai atrapalhar a Natura (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

A Natura (NTCO3) terá um prejuízo de R$ 222 milhões no primeiro trimestre de 2022, estimam analistas da XP Investimentos em relatório enviado aos clientes na noite desta última quarta-feira (20).

“Em suma, esperamos resultados fracos no 1T22 devido a dinâmica macroeconômica ainda desafiadora, como desafios de demanda e custo decorrente do conflito entre Rússia e Ucrânia, a expectativa da estabilização do modelo comercial da Avon só começar a dar frutos no 2S22 e o impacto negativo da apreciação do real nas operações internacionais”, afirmam Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, que assinam o relatório.

Eles comentam que já esperavam um resultado abaixo das expectativas do consenso do mercado e um primeiro semestre de 2022 muito difícil para a empresa, com uma receita líquida 14,5% menor, a R$ 8 bilhões.

O Ebitda ajustado da empresa deve desabar 45,8% e sair dos R$ 963 milhões do primeiro trimestre de 2021 para R$ 522 milhões em 2022. A margem Ebitida deve ficar em 6,5%.

Os especialistas acreditam que os resultados mais concretos da reestruturação da Avon – o principal pilar da tese – virão só a partir do segundo semestre de 2022.

Na véspera, as ações da Natura tiveram a maior queda do Ibovespa após desabarem 15,58% e fecharem o pregão a R$ 21.35.

Segundo o analista da Vitreo, Filipe Fradinho, a queda de ontem estava relacionada as expectativas do mercado sobre o resultado financeiro da companhia.

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Natura na América Latina

Eles estimam uma queda de 10% na receita líquida da Natura na América Latina, chegando a R$ 4,7 bilhões, com o crescimento da Natura Brasil  de 3,5%.

“A queda de 10% será porque a comparação com o mesmo período do ano passado é uma comparação difícil, visto no primeiro trimestre de 2021 as vendas haviam crescido 12,6%”, explicam Eiger, Senday e Suedt.

Outro ponto levantado por eles, é que o valor estimado atual não será suficiente para compensar o desempenho ainda fraco da Avon América Latina ( queda de 17%), enquanto a conversão do câmbio impactou negativamente a Natura América Latina, com baixa de 9%.

“Quanto à rentabilidade, estimamos uma margem bruta relativamente estável (-0,5p.p A/A) com margem EBITDA com queda de -2,5p.p A/A (em 8,6%), já que a margem da Avon deve permanecer em território negativo”, dizem.

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