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Natura (NTCO3) diminui riscos e deve contar com balanço mais leve após acordo, dizem analistas

05 dez 2024, 15:55 - atualizado em 05 dez 2024, 18:32
natura - ntco3
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Parte dos analistas seguem vendo as ações da Natura&Co (NTCO3) com otimismo, depois que o tribunal que supervisiona o processo de recuperação judicial da Avon Products nos Estados Unidos aprovou o acordo de transação global entre a companhia e o comitê de devedores quirografários da Avon.

Nesta quinta-feira (5), os papéis da Natura caíram 0,70%, a R$ 14,21. Durante a sessão, marcada por volatilidade, NTCO3 chegou a subir 4,19% (a R$ 14,91).



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De acordo com os analistas Flávia Meireles, da Ágora Investimentos, e Pedro Pinto, do Bradesco BBI, a decisão reforça a tese positiva para a Natura&Co, reduzindo ainda mais os riscos associados à estratégia da companhia.

Com a aprovação do acordo, a empresa consegue limitar os passivos relacionados aos credores da Avon e acelerar seus esforços de simplificação corporativa, disse. O BBI tem preço-alvo de R$ 20, recomendando a compra do ativo.

Segundo o Bradesco BBI, as prioridades estratégicas agora incluem:

  1. Nova fase de simplificação corporativa: Potencial venda, cisão ou parcerias para a Avon International.
  2. Integração da Avon na América Latina: Conclusão dos processos de unificação e sinergia.
  3. Normalização dos fundamentos operacionais: Reforço na eficiência e performance pós-simplificação.

Já Ruben Couto e equipe de analistas do Santander citam uma maior clareza sobre opções estratégicas da companhia. O preço-alvo do banco para a Natura é de R$ 17, representando um potencial de alta de 18,79%.

Para a XP Investimentos, que fala em compra e preço-alvo para R$ 20, com a conclusão do processo, a Natura deve contar não apenas com um balanço mais leve, “mas também com um modelo de negócios muito mais limpo”.

A corretora disse seguir otimista com a implementação da “Onda 2”, que é uma estratégia de integração regional da Natura &Co na América Latina e que inclui investimentos na digitalização dos canais de venda.

Os analistas da casa citam também o aumento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o que deve suportar resultados sólidos na empresa no continente.

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
marcela.malafaia@moneytimes.com.br
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.