Natura (NTCO3) diminui riscos e deve contar com balanço mais leve após acordo, dizem analistas
Parte dos analistas seguem vendo as ações da Natura&Co (NTCO3) com otimismo, depois que o tribunal que supervisiona o processo de recuperação judicial da Avon Products nos Estados Unidos aprovou o acordo de transação global entre a companhia e o comitê de devedores quirografários da Avon.
Nesta quinta-feira (5), os papéis da Natura caíram 0,70%, a R$ 14,21. Durante a sessão, marcada por volatilidade, NTCO3 chegou a subir 4,19% (a R$ 14,91).
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De acordo com os analistas Flávia Meireles, da Ágora Investimentos, e Pedro Pinto, do Bradesco BBI, a decisão reforça a tese positiva para a Natura&Co, reduzindo ainda mais os riscos associados à estratégia da companhia.
Com a aprovação do acordo, a empresa consegue limitar os passivos relacionados aos credores da Avon e acelerar seus esforços de simplificação corporativa, disse. O BBI tem preço-alvo de R$ 20, recomendando a compra do ativo.
Segundo o Bradesco BBI, as prioridades estratégicas agora incluem:
- Nova fase de simplificação corporativa: Potencial venda, cisão ou parcerias para a Avon International.
- Integração da Avon na América Latina: Conclusão dos processos de unificação e sinergia.
- Normalização dos fundamentos operacionais: Reforço na eficiência e performance pós-simplificação.
Já Ruben Couto e equipe de analistas do Santander citam uma maior clareza sobre opções estratégicas da companhia. O preço-alvo do banco para a Natura é de R$ 17, representando um potencial de alta de 18,79%.
Para a XP Investimentos, que fala em compra e preço-alvo para R$ 20, com a conclusão do processo, a Natura deve contar não apenas com um balanço mais leve, “mas também com um modelo de negócios muito mais limpo”.
A corretora disse seguir otimista com a implementação da “Onda 2”, que é uma estratégia de integração regional da Natura &Co na América Latina e que inclui investimentos na digitalização dos canais de venda.
Os analistas da casa citam também o aumento dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o que deve suportar resultados sólidos na empresa no continente.