Natura (NTCO3) divulga dados preliminares do 1T22, após rumores de vazamento de balanço
A Natura (NTCO3) divulgou na noite desta quinta-feira (21) dados preliminares do primeiro trimestre deste ano, após rumores de vazamento do balanço do período.
Os papéis da empresa chegaram a desabar 15,6% em um dia, depois que a companhia promoveu reuniões com analistas de mercado. A XP Investimentos, por exemplo, passou a projetar prejuízo de R$ 222 milhões no primeiro trimestre.
“A companhia entende que as informações divulgadas na mídia refletem as inferências e projeções dos
próprios analistas de mercado”, disse a Natura em fato relevante desta quinta.
Segundo documento, a Natura &Co – que compreende todas as marcas do grupo – deve ter receita líquida entre R$ 8,20 bilhões e R$ 8,25 bilhões, uma queda em relação ao primeiro trimestre de 2021 entre 12,7% e 13,3% em reais e entre 4,6% e 5,2% em moeda constante.
O resultado, diz a empresa, reflete a forte valorização do real no primeiro trimestre de 2022 comparado com o primeiro trimestre de 2021.
“Também esperamos que a Natura &Co registre uma margem Ebitda ajustada entre 7,0% e 7,3% em relação ao 10,2% no primeiro trimestre de 2021”, disse a empresa.
Pressões de custos
A Natura reconhece que continua a enfrentar pressões de custos como resultado do aumento da inflação e dos preços mais altos das commodities.
“Também experimentamos um primeiro trimestre de 2021 particularmente forte, com um aumento de 25,8% na receita líquida em relação ao primeiro trimestre de 2020 em reais e 8,1% em termos de moeda constante no mesmo período”.
A companhia comenta que teve uma margem Ebitda ajustada de dois dígitos. “No nível de unidade de negócios, na América Latina, continuamos vendo progresso sequencial no Brasil desde o ponto de inflexão em outubro/novembro de 2021 na Avon Brasil”.
No entanto, a companhia reconhece uma queda na receita liquida no continente em comparação com o primeiro trimestre de 2021.
“Na Natura no Brasil, experimentamos melhorias nas receitas, como resultado de um portfólio de produtos ofertados que acreditamos estar mais alinhado com as tendências do mercado”.
As operações da Avon International na Europa Central e Oriental, diz a empresa, foram impactadas pela guerra entre a Ucrânia e a Rússia.
A Natura argumenta que continua a ver progressos nos fundamentos do negócio da Avon, “com melhorias importantes em alguns KPIs como resultado do novo modelo comercial e margens em linha com o mesmo período de 2021”.
Segundo a companhia, a Body Shop também experimentou queda de vendas principalmente em toda a Europa, além do impacto esperado do reequilíbrio dos canais.
A Aesop, diz, continua apresentando bons resultados principalmente na Ásia e na América do Norte.
Veja o documento divulgado pela empresa:
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