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Natura (NTCO3) convoca acionistas para reestruturação societária e estima custo de R$ 400 mil

26 mar 2025, 8:26 - atualizado em 26 mar 2025, 8:26
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A companhia estima um custo de R$ 400 mil para efetivar a incorporação. (Imagem: Divulgação)

A Natura (NTCO3) anunciou a convocação de uma Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGO/E) para deliberar sobre a incorporação da holding pela Natura Cosméticos S.A. O movimento faz parte de um plano estratégico da companhia para simplificar sua estrutura societária e reduzir custos, em meio a dificuldades.

Caso aprovada, a incorporação resultará na extinção da Natura &Co Holding, com seus acionistas passando a deter ações da Natura Cosméticos em uma conversão de um para um, sem diluição. A empresa também manterá sua listagem no Novo Mercado da B3, segmento de mais alto nível de governança corporativa.

Além da reestruturação societária, os acionistas também votarão no dia 25 de abril a aprovação das demonstrações financeiras de 2024, a eleição do conselho de administração e a distribuição de dividendos.

A Natura &Co não antecipou detalhes sobre a proposta de dividendos, mas investidores aguardam definições sobre a política de remuneração aos acionistas.

Reestruturação e impacto no mercado

A companhia estima um custo de R$ 400 mil para efetivar a incorporação e afirma que não há riscos relevantes, além dos habituais para esse tipo de transação. Como a Natura &Co integra o Ibovespa, os acionistas não terão direito de retirada.

A Natura & CO foi criada oficialmente em 2019. Ela surgiu como um grupo holding, após a Natura concluir a aquisição da Avon Products, consolidando-se como o quarto maior grupo de beleza do mundo naquele momento.

Porém, a estratégia se mostrou frustrada em meio ao aumento das dívidas e a complexa integração geográfica do grupo com operações distintas (Natura, Avon, The Body Shop, Aesop).

O mercado acompanha de perto os desdobramentos da AGO, já que a decisão poderá impactar a estrutura de capital, os custos administrativos e a transparência na gestão da companhia. Caso aprovada, a operação ainda dependerá de ajustes regulatórios, incluindo a conversão da Natura Cosméticos em emissor categoria “A” na CVM, permitindo a negociação de suas ações no mercado de capitais.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.