Natura (NTCO3): Gestora gringa eleva fatia em empresa; veja percentual
A Baillie Gifford, gestora fundada em Edimburgo, capital da Escócia, elevou participação na Natura (NTCO3) para 5,02%, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (5).
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Segundo o comunicado, a gestora passou a deter 69 milhões de papéis da empresa.
A Baillie Gifford informou, ainda, que sua participação acionária tem por objetivo o investimento na companhia, sem intenção de alterar sua composição de controle ou estrutura administrativa, e não visa atingir nenhum percentual de participação acionária em particular.
Natura cai 16% em apenas uma semana
A Natura cai forte no ano.
Na semana entre os dias 12 e 16 de agosto, a empresa reportou seus números referentes ao segundo trimestre de 2024 (2T24) e informou que a sua subsidiária Avon, que foi adquirida em 2020, entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, o Chapter 11.
A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 858,9 milhões no segundo trimestre, 17,4% maior do que o prejuízo reportado no mesmo período do ano passado.
O aumento do prejuízo é explicado principalmente pelo “write-off” não-caixa não-recorrente de R$ 725 milhões.
Em relatório enviado depois dos resultados, o Goldman Sachs comenta que o balanço mostra progresso da Natura na América Latina, contudo, com Avon e visibilidade de caixa limitados.
“Embora reconheçamos que o consumo de caixa melhorou em relação ao ano passado, a NTCO continuou reportando um FCF (fluxo de caixa livre) negativo de -R$ 675 milhões neste trimestre. A sazonalidade desempenha um papel importante aqui, com a empresa reiterando sua expectativa de redução da alavancagem no segundo semestre de 2024 via geração de caixa e crescimento do Ebitda”.
No entanto, excluindo a sazonalidade, os analistas do banco avaliam que a dinâmica do capital de giro continuou a ser impactada negativamente pelo aumento do contas a receber, que resulta da maior participação da Natura Brasil e da maior produtividade dos representantes no mix de vendas.