Natal: Presentes ficaram até 20% mais caros em 2022
Quem saiu a procura de presentes de Natal esse ano deve ter percebido que os preços estão mais altos.
Um levantamento realizado pela XP com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que os preços para presentes chegaram a subir 20,9%. Já a ceia chegou a ficar 26,6% mais cara.
“Os principais fatores que jogam os preços para cima no acumulado do ano são o aumento global dos preços de matérias-primas como trigo, milho e proteína animal por conta de problemas climáticos, efeitos da pandemia e guerra Ucrânia x Rússia. Isso tudo eleva os custos, mesmo com uma desaceleração pontual na margem recentemente”, apontam os analistas, em relatório.
Grupo dos presentes
Em relação aos presentes, o grupo de vestuário passou por uma inflação significativa em 2022.
O preço das Roupas masculinas aumentou quase 21%, já Calçados e Acessórios subiram 16,6% enquanto Roupa infantil cresceu em menor intensidade, 13,6%.
Sobre esses itens, já existe um aumento de demanda no final do ano, uma vez que muitos optam por presentear com esses produtos.
“A tendência é termos quedas de preços nas trocas das estações e altas nas novas coleções e no Natal. Mas nos últimos dois anos, não vimos esse movimento.”
Os preços de vestuário registraram altas por conta do custo de produção que ficou mais caro. O algodão, por exemplo, subiu 150% desde o começo da pandemia e até tecidos sintéticos sofreram com aumento de preços.
No início da Covid-19 o consumo caiu e, por mais que o custo tenha ficado elevado, as pessoas tinham disponibilidade de renda para consumo. Com isso, o repasse foi feito para esse setor.
No caso de presentes para crianças e adolescentes, há uma boa notícia: foi registrada uma deflação considerável nos preços de videogames e computadores, com queda de -8,5% e -2,6%, respectivamente.
Televisores e aparelhos de som também sofreram deflação de -7,1% e -6,1%, respectivamente. Já os aparelhos telefônicos subiram 1,9%.
Grupo da ceia
Já em relação à ceia de Natal, os preços de alimentação ao domicílio cresceram cerca de 13%.
Itens como bacalhau e frango tiveram altas de 7,9% e 5,1%, respectivamente.
Já uma das principais guloseimas do Natal, a rabanada, deve surpreender muitos consumidores com custo mais alto nos ingredientes para sua preparação.
O grupo leite e derivados avançou 26% – o leite in natura ainda mais, quase 40% –; o pão francês subiu 18%; e os ovos, quase 20%.
O açúcar, por sua vez, foi o único com deflação: -1,1%.