Natal em São Paulo será o melhor dos últimos 10 anos
Com a aproximação das festas de fim de ano, o comércio varejista estadual espera que o faturamento registre R$ 70 bilhões em dezembro, 5% a mais frente ao mesmo período de 2017, destaca a FecomercioSP. Se os números se cumprirem, será o melhor registro de dezembro desde 2008, superando até mesmo as vendas de Natal em 2013, quando o faturamento alcançou R$ 69,4 bilhões.
O varejo paulista deve crescer 5% até o fim de dezembro. Espera-se com isso que o faturamento no ano feche em R$ 682,7 bilhões, R$ 34,1 bilhões a mais que em 2017.
De acordo com a associação, no decorrer deste ano, o setor demonstrou sinais de recuperação. De acordo com a federação, desde 2016, quando foi registrada a última queda real, os índices de expansão foram crescendo consideravelmente, o que demonstra que o processo continua em curso e irá prosseguir no mesmo ritmo durante os próximos meses.
Estima-se que Campinas e Osasco tenham os melhores desempenhos do ano em comparação a 2017. A primeira região deve encerrar 2018 com alta de 11%, alcançando R$ 62,2 bilhões com o número de vendas. Em Osasco, o crescimento deve ser de 7%, R$ 57,3 bilhões.
Por outro lado, Presidente Prudente e ABCD provavelmente terão os piores resultados de São Paulo, com altas de apenas 2% – 9,6 bilhões – e de 3% – R$ 38 bilhões.
Quanto às atividades analisadas pela FecomercioSP, o destaque vai para supermercados, com aumento de 33,2%, obtendo R$ 226,592 bilhões de faturamento. Outras atividades devem terminar 2018 com alta de 21,2%, uma receita equivalente a R$ 144,470 bilhões.
O aumento generalizado nos segmentos se manteve por conta dos bons desempenhos exercidos pelo comércio de bens duráveis, que expandiram 60% em comparação às atividades de bens semiduráveis e não duráveis. Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos tiveram o maior crescimento dentre os itens analisados, crescendo 11% frente ao ano passado.
Tais resultados, para a entidade, revela que as famílias encontraram um meio de reclamar de volta seu patrimônio doméstico, afetado pela crise. O consumo de bens duráveis, por exemplo, subiu 7%, enquanto os bens não duráveis cresceram 4%.
Natal
Mais uma vez, as melhores apostas vão para Campinas e Osasco, com altas de, respectivamente, 11% e 8%. Juntas, as duas regiões devem registrar R$ 12,4 bilhões.
Presidente Prudente e Marília, no entanto, prometem os resultados mais baixos para esta época do ano, com crescimentos de 1% e 0%, respectivamente. A soma do faturamento deve ficar em R$ 2,4 bilhões.
Das nove atividades, o segmento de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento representarão a maior fatia do número de vendas, com 11%. Móveis e decoração devem registrar 9%, enquanto as demais atividades irão somar 8%.
Com o aumento de 2,2% do décimo terceiro salário de 2018 em comparação ao do ano passado, renda, inflação e crédito registraram melhora, o que contribuiu para que as famílias consumissem mais. Outro fator que influenciou na volatilidade da economia foi a aproximação da posse do novo governo.
Projeção para 2019
Ainda que não se saiba ao certo o que esperar para o mercado brasileiro em 2019, já que as decisões e mudanças a serem propostas pelo governo de Jair Bolsonaro influenciará diretamente na economia, a FecomercioSP tomou como base um cenário com as mínimas oscilações possíveis para traçar uma estimativa do próximo ano. De acordo com a entidade, o setor varejista de São Paulo deverá registrar 4% de crescimento, apresentando receita de R$ 712,3 bilhões.
De acordo com a análise da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), a maioria das 16 regiões observadas apresentará crescimento no ano que vem frente a 2018. Campinas, Osasco, Ribeirão Preto e Araraquara devem registrar as maiores altas, e Presidente Prudente e Araçatuba as menores.
E-commerce
Segundo dados da da Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE), comparando o terceiro semestre de 2018 com o de 2017, as vendas realizadas pelo comércio eletrônico paulista caíram 6,6%, atingindo R$ 4,09 bilhões. O tíquete médio das transações oscilou no decorrer do ano; de R$ 390,53 no primeiro semestre, passou para R$ 415,93 no segundo e terminou em R$ 407,61 no terceiro.
A expectativa para o quarto semestre é de que o comércio eletrônico volte a registrar bons resultados, já que em novembro houve a Black Friday, considerada a melhor data do ano para o varejo online, e as famílias poderão contar com o décimo terceiro salário.
Serviços
Na Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), apurada pela FecomercioSP em parceria com a Secretaria Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico de São Paulo, o faturamento real do setor de serviços na cidade de São Paulo subiu 15,5%.
Para o último trimestre do ano, a federação espera que o ritmo se mantenha em recuperação, encerrando 2018 com alta de 15%, um valor equivalente a R$ 343,8 bilhões, R$ 43,6 bilhões acima do registrado em 2017. Isso, caso se confirme, será o maior crescimento anual de vendas do setor de serviços desde 2010.