‘Não vejo risco de recessão no Brasil’, afirma Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou não enxergar a possibilidade de uma recessão no Brasil com a escalada da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
“Não vejo risco de recessão no Brasil. Obviamente estamos olhando a situação e temos que verificar como as tensões vão se acomodar. Difícil acreditar que as tarifas mútuas vão se manter. É algo que desorganiza demais as cadeias produtivas globais”, disse o ministro, durante o evento “Pulso Econômico: As Novas Regras do Jogo”, organizado pela CNN.
Segundo o ministro, é “difícil” de acreditar que as tarifas impostas mutuamente entre as duas maiores economias do mundo vão se manter, porque é uma disputa que desorganizaria as cadeias produtivas mundiais.
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“A gente tem que ver onde essa guerra comercial entre EUA e China vai se acomodar […] É difícil prever o que vai acontecer com a economia mundial”, completou Haddad.
Sobre a economia brasileira, Haddad afirma que o país está crescendo, mas “um pouco menos” do que cresceu nos últimos dois anos, o que acontece em parte para corrigir a rota inflacionária. Ainda assim, ele prevê crescimento de 2,5% para este ano.
“Às vezes tem de dar uma acomodada nisso para não deixar inflação se retroalimentar, tomar medidas necessárias para colocar a inflação na meta. Mas não vai comprometer a projeção de crescimento da economia feita pela Fazenda, na casa de 2,5%”.
Isenção do Imposto de Renda
Ao ser questionado sobre mudanças na isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, Haddad destaca que se a compensação deixar de ser feita com a tributação de super-ricos, isso reduziria a qualidade da reforma.
“Você está isentando uma pessoa que deveria contribuir com o mínimo. E eu estou falando de pessoas que estão, assim, não é que a pessoa é do andar de cima, a pessoa é da cobertura, é um morador de cobertura que não está pagando condomínio. É mais ou menos isso que está acontecendo no Brasil”, afirmou o ministro.
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