Comprar ou vender?

Não vale mais comprar B3 (B3SA3)? BBI vê pior assimetria de risco e corta recomendação

22 mar 2024, 14:39 - atualizado em 22 mar 2024, 14:39
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B3 tem recomendação rebaixada a “neutra”, com preço-alvo de R$ 14 (Imagem: Divulgação/B3)

A B3 (B3SA3) não tem mais recomendação de compra pelo Bradesco BBI. A tese da dona da bolsa de valores brasileira foi rebaixada a “neutra”, com um novo preço-alvo ao fim de 2024 de R$ 14.

A atualização chega em um contexto de volumes ainda baixos no mercado à vista e aumento de ruídos sobre a concorrência (potencial nova bolsa no Brasil da Mubadala Capital). De acordo com Otavio Tanganelli, do BBI, e Renato Chanes, da Ágora Investimentos, a assimetria de risco parece pior no momento.

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Os analistas avaliam que, embora o mercado não deva levantar preocupações relevantes sobre o crescimento mais fraco da receita da B3 no curto/médio prazo, existem riscos maiores de concorrência potencial, “o que poderia impedir uma reavaliação relevante dos múltiplos da B3 nos próximos trimestres”.

Segundo os analistas, a assimetria está mais favorável para outros players do segmento financeiro do que para a B3 em um momento de potencial recuperação nas atividades do mercado de capitais.

Um início de ano fraco

O mercado de ações ainda não ganhou a tração que agentes financeiros estavam esperando durante o rali no fim do ano passado.

O Ibovespa até se aproximou das máximas, mas ainda não conseguiu superar os 134.000 pontos. No ano, o índice de referência na bolsa brasileira acumula uma desvalorização de 4,50%, machucado pela leva de investidores estrangeiros saindo da bolsa e pela queda de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), as duas ações de maior peso.

O Ibovespa é atualmente negociado na zona dos 127.000 pontos. A análise gráfica do Itaú BBA desta sexta-feira (22) destaca como a bolsa local “não foi convidada para a festa”, visto que os mercados internacionais seguiram a trajetória de alta após as decisões de juros dos bancos centrais e o mercado doméstico não acompanhou o movimento.

“Esse movimento frustra as expectativas de curto prazo e deixa os investidores na defensiva, já que o nosso índice de ações não consegue acompanhar a tendência global, que está sendo de negociações em máximas históricas”, diz a instituição.

Segundo o BBA, para acionar compras a curto prazo, o Ibovespa precisa superar os 134.400 pontos. Nesse patamar, o índice terá como alvo inicial o topo histórico nos 134.400 pontos.

Já do lado da baixa, a mínima do ano dos 124.800 pontos é o ponto que exige cautela, caso seja perdido.

Em relatório publicado dia 13 de março, a Genial Investimentos diz que a queda nos preços resultou em uma assimetria positiva tanto para o Ibovespa quanto para as small caps, “indicando um momento potencialmente oportuno para investimentos”.

“Além disso, as projeções de lucro, especialmente para as empresas exportadoras, estão mostrando um aumento significativo, sugerindo perspectivas positivas para o mercado acionário brasileiro, apesar dos desafios atuais”, defende a corretora.

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