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“Não há recessão” quando o desemprego nos EUA é o mais baixo em 53 anos, diz Yellen

06 fev 2023, 10:50 - atualizado em 06 fev 2023, 11:42
Janet Yellen
“Você não tem uma recessão quando há 500.000 empregos e a menor taxa de desemprego em mais de 50 anos”, disse Yellen (Imagem: REUTERS/Siphiwe Sibeko)

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta segunda-feira que vê um caminho para evitar a recessão no país, com a inflação caindo de forma significativa e a economia permanecendo forte, dada a força do mercado de trabalho.

“Você não tem uma recessão quando há 500.000 empregos e a menor taxa de desemprego em mais de 50 anos”, disse Yellen ao programa Good Morning America, da ABC.

“O que eu vejo é um caminho no qual a inflação está diminuindo de forma significativa e a economia permanece forte.”

Yellen disse que a inflação continua muito alta, mas vem caindo nos últimos seis meses e pode desacelerar ainda mais devido às medidas adotadas pelo governo do presidente Joe Biden, incluindo ações para reduzir o custo da gasolina e medicamentos prescritos.

Dados do Departamento do Trabalho dos EUA divulgados na sexta-feira mostraram que a criação de empregos no país acelerou acentuadamente em janeiro, com abertura de 517.000 postos de trabalho fora do setor agrícola e a taxa de desemprego caindo para 3,4%, menor nível em 53 anos e meio.

A força nas contratações, que ocorreu apesar das demissões no setor de tecnologia, reduziu as expectativas do mercado de que o Federal Reserve estaria próximo de interromper seu ciclo de aperto da política monetária norte-americana.

Yellen disse à ABC que reduzir a inflação continua sendo a principal prioridade de Biden, mas que a economia dos EUA está se mostrando “forte e resiliente”.

Três leis separadas –a Lei de Redução da Inflação, uma lei de investimento em semicondutores e uma enorme lei de infraestrutura – ajudarão a reduzir a inflação, assim como um teto de preço imposto ao custo do petróleo da Rússia, disse ela.

Yellen pediu ao Congresso norte-americano que aumente o limite da dívida dos Estados Unidos, alertando que não fazê-lo produziria “uma catástrofe econômica e financeira”.

(Atualizada às 11:41)