Não fosse o plantio, sojicultor poderia pescar porque está tudo certo e nada definido, tão já

O produtor de soja poderia sair para pescar ou fazer qualquer outra coisa para matar o tempo, sem ficar preso às telas de cotações, não fosse a safra começando a rodar com as semeadoras,

Dá para ele acreditar que virá bom período de pressão pela frente, mas não será proximamente que tudo começará a ficar bem cristalizado.

A formação de preços de Chicago levará mais algum dias para ter uma tendência melhor definida, sempre mantidos os repiques normais aos ativos de risco dentro da ‘margem de erro’, fazendo aqui um paralelo com as pesquisas eleitorais.

Os últimos pregões, e especialmente o desta quinta (15), oferecem esse retrato de indefinição latente, de resto confirmada pelo analista Vlamir Brandalizze.

A soja já ziguezagueou dos dois lados da tabela, portanto sempre próxima da linha d’água, no qual ele acredita que ficará, circulando, nos US$ 14,50, até que ande o plantio no Brasil, e nos outros países vizinhos, e a colheita americana se inicie.

A explosão dos mais de 70 centavos de dólar, que o contrato de novembro viveu na segunda, quando o USDA surpreendeu registrando prejuízos para a oleaginosa, ficou para trás.

A nova temporada da soja nos trópicos, de 22/23, promete ser de safra cheia e as informações sobre o clima são favoráveis para o Sul e Sudeste, mas, calma, o Centro-Oeste é o que faz a diferença e as informações de umidade adequada estão sendo avaliadas.

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Logo, entre a queda de produção dos Estados Unidos ainda vai demorar um pouquinho mais para a pressão do Brasil chegar às cotações.

De quebra, tem a Argentina enfiando mais soja no mercado, depois que o dólar atrelado à commodity deu gás, na invenção recente do governo para incentivar os exportadores.

A China, por ora, fica à espreita.

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