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‘Não fale em crise de crédito’: CEO do JPMorgan vê exagero em discurso ‘apocalíptico’ do mercado

15 abr 2023, 15:00 - atualizado em 14 abr 2023, 18:17
JPMorgan crise crédito bancos
CEO do JPMorgan vê exagero em uso do termo ‘creditr crunch’ (Imagem: Michel Euler/Pool via REUTERS/File Photo)

CEO do JPMorgan & Chase James Dimon não quer nem saber do termo ‘credit crunch’ para descrever o atual ambiente de crédito nos Estados Unidos. Na teleconferência que acompanhou a apresentação dos números trimestrais, Dimon disse haver um exagero no uso do termo.

O chefão da instituição alegou que, embora se reconheça maiores dificuldades para a concessão de crédito, falar em uma crise de crédito vinculada a alta de juros é descabido. “Obviamente, haverá condições mais apertadas, mas de uma maneira mais focada, sobretudo, no setor imobiliário”.

Os principais bancos dos Estados Unidos têm sido atingidos negativamente pela queda na demanda de contratos hipotecários para clientes do varejo e também institucionais. O movimento é um reflexo do aumento das taxas de hipoteca, embasadas no aperto monetário iniciado há mais de um ano pelo Fed.

Da sua parte, o JPMorgan informou que sua exposição no setor de galpões imobiliários corresponde a menos de 10% do seu portfólio.

JPMorgan ‘canibaliza’ bancos regionais em crise e vê aumento de depósitos no primeiro tri

O JP Morgan registrou impressionantes US$ 12,62 bilhões de lucro no primeiro trimestre de 2023, um crescimento de 52% com relação ao número reportado no primeiro tri de 2022.

Contribuiu para a marca o aumento de depósitos em US$ 37 bilhões na comparação trimestral. Sinal de que o banco serviu mesmo como um ‘porto seguro’ para pessoas e empresas que queriam movimentar seus recursos em meio à crise bancária.

Além disso, a receita geral do banco saltou 25%, para US$ 38,3 bilhões, número recorde para o credor.

Por trás da marca, está o aumento da receita da unidade de banco comunitário e de empréstimo ao consumidor, que saltou 80% devido às taxas de juros mais altas. A receita líquida de juros, a diferença entre o que o banco paga em depósitos e ganhos com empréstimos, aumentou 49%, para US$ 20,71 bilhões, um segundo recorde trimestral consecutivo.

A provisão com devedores duvidosos subiu em US$ 1,1 bilhão no trimestre.

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