Perspectiva 2024

Não é só Petrobras (PETR4) que vai brilhar em 2024; veja quais petroleiras comprar

04 jan 2024, 12:00 - atualizado em 04 jan 2024, 12:30
petrobras petróleo
Petrobras, PetroReconcavo, Ultrapar e Enauta são as preferências dos analistas no setor de óleo & gás (Imagem: Getty Images)

2023 foi bastante volátil para os preços do petróleo, mas a maioria das empresas do setor conseguiu fechar o ano com um saldo positivo.

Segundo analistas, a Petrobras (PETR3;PETR4) foi destaque. A estatal conseguiu superar a aversão ao risco inicial vinda das preocupações com as mudanças na políticas de precificação de combustíveis e dividendos no primeiro ano do governo Lula 3.

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Já para 2024, além da Petrobras, os especialistas do Santander estão otimistas com PetroReconcavo (RECV3) e Ultrapar (UGPA3). O analista da Benndorf, Júlio Borba, prefere a Enauta (ENAT3).

Borba diz que o mercado de óleo & gás deve observar uma manutenção da restrição de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). “A demanda deve continuar fraca refletindo o cenário de desaceleração global decorrente dos juros ainda altos”, afirma.

Porém, as últimas sinalizações do Federal Reserve (Fed), de um potencial início de corte de juros americanos em 2024, têm levantado o ânimo do mercado aos poucos.

A Benndorf espera que a commodity do tipo Brent fique próximo aos US$ 70 por barril no próximo ano. Já o Santander tem projeção de US$ 78.

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A Petrobras segue como uma das preferências do Santander para o ano, devido aos potenciais dividendos extraordinários.

“Agora, a projeção é de um dividendo extraordinário esperado de US$ 6,5 bilhões pela Petrobras em 2024, que estimamos que levará a um dividend yield de 16%”, dizem Rodrigo Almeida e equipe.

Além disso, o banco elege a PetroReconcavo como a petroleira júnior favorita. Os analistas veem o estoque fornecendo catalisadores e resiliência.

“Esperamos que o mercado se concentre em um investimento potencialmente mais baixo para 2024 e na redução do estoque de ativos fixos, que deve impulsionar o fluxo de caixa operacional (FCF), bem como a melhoria gradual em perspectivas operacionais e sólido potencial de dividendos”, avaliam.

Em relação a Ultrapar, Almeida e equipe afirmam que as perspectivas de curto prazo para a distribuição de combustíveis permanecem confusas e, portanto, preferem o portfólio diversificado da companhia. Eles ainda citam a estrutura de capital mais enxuta da Ultrapar.

Por fim, Borba, da Benndorf, dá preferência para a Enauta, devido ao sistema definitivo de produção no campo de Atlanta. “É um papel mais arriscado, mas podemos ver um grande aumento de produção e valorização das ações em 2024”, diz.