Economia

Não é só o Brasil: veja como outros países estão lidando com o aumento de preço dos combustíveis

30 jun 2022, 16:07 - atualizado em 30 jun 2022, 16:07
Gasolina, EUA
Petróleo pode chegar a US$ 150 até o final do ano. (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

A alta no preço da gasolina não é um problema só no Brasil. É um movimento global, puxado pelo aumento da commodity. O Goldman Sachs estima que o preço do barril do petróleo tipo Brent (que é o negociado no mercado internacional) vai flutuar em torno dos US$ 135 no próximo semestre. E pior: pode chegar a US$ 150 no final do ano.

Por aqui, o governo resolveu mexer no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Na semana passada, Jair Bolsonaro sancionou um projeto que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral de ICMS, que varia de 17% a 18% sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Mas tem locais que estão seguindo a mesma estratégia. Veja o que outros países estão fazendo para driblar o alto preços dos combustíveis:

Alemanha: promoveu um corte de impostos sobre combustíveis. O valor caiu para 0 centavos de euro por litro para a gasolina e 14 centavos de euro por litro para o diesel.

Argentina: o país passa por uma escassez de diesel. Por isso, o governo anunciou um aumento de 12% no preço do combustível – o litro do diesel comum passou para 126 pesos; e o diesel premium foi para 145 pesos o litro.

Bélgica: em março, o governo promoveu um corte de impostos sobre combustíveis. Outro corte está sendo analisado.

Chile: 69% do combustível consumido no país é importado. Significa que os chilenos estão vulneráveis quando o assunto é oscilação do preço internacional do petróleo. Por isso, desde antes da pandemia, o governo já contava com um fundo de estabilização de preços de combustíveis. Ele funciona através de um esquema tributário que aumenta ou reduz impostos de acordo com o preço da commodity.

China: o governo anunciou, na terça-feira (28), um corte nos preços dos combustíveis.

Coreia do Sul: cortou em cerca de 20% as alíquotas cobradas sobre combustíveis como gasolina, diesel e gás de cozinha.

Equador: depois de uma onda de protestos da população indígena, o governo concordou em reduzir o preço dos combustíveis. A gasolina passou de US$ 2,55 para US$ 2,45 por galão, e o diesel, de US$ 1,90 para US$ 1,80 dólar por galão. Os manifestantes, no entanto, pedem que os preços sejam fixados em US$ 2,10 a gasolina e US$ 1,50 o diesel.

Espanha: em março, o país anunciou o subsídio de 0,20 centavos de euro para cada litro de combustível vendido até o final de junho. O governo ainda não divulgou novos planos de controle dos preços.

Estados Unidos: o presidente Joe Biden levou para o Congresso um plano para suspender um imposto federal de US$ 0,18 por galão da gasolina por três meses. Além disso, alguns estados americanos reduziram impostos estaduais.

Estônia: o governo criou um subsídio para famílias de baixa renda arcarem com a compra de combustíveis.

França: o país congelou temporariamente os preços dos combustíveis e vai pagar um subsídio de 100 euros a 38 milhões de franceses.

Grécia: o governo aumentou os subsídios já existentes para famílias de baixa renda.

Hungria: o preço dos combustíveis foi congelado temporariamente.

Índia: o governo promoveu o corte de impostos sobre alguns produtos, incluindo o petróleo.

Irlanda: o país optou por aumentar os subsídios que já eram oferecidos para famílias de baixa renda.

Itália: na semana passada o governo italiano anunciou que vai estender por mais três meses o subsídio aos combustíveis. Em maio, o país promoveu a redução de 0,25 centavos de euro por litro no imposto.

Japão: o país conta com um programa de subsídios para a população de baixa renda e também para arcar com os custos dos combustíveis.

México: o governo criou uma taxa para empresas que estão lucrando com o aumento internacional dos preços da energia para subsidiar 35% do preço da gasolina.

Peru: em abril, o país suspendeu temporariamente o imposto sobre os combustíveis.

Portugal: em outubro do ano passado, o governo português criou um subsídio para a compra de combustível – a população tem acesso a um voucher de 20 euros. Além disso, também houve a redução do imposto sobre os produtos petrolíferos.

Reino Unido: no começo do ano, o país cortou o imposto sobre combustível.

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