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Não é só no Brasil: ONU aponta para segunda alta mensal no preço dos alimentos; carne pesa no bolso

03 maio 2024, 11:26 - atualizado em 03 maio 2024, 11:26
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Apesar dos dois meses seguidos de alta, o índice de alimentos registrou sete quedas seguidas, chegando a atingir o seu nível mais baixo em três anos em fevereiro. (Imagem: Pixabay/Alexas_Fotos)

O preço dos alimentos está pesando no bolso dos consumidores e isso não é uma exclusividade do Brasil. O índice mundial de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) registou alta pelo segundo mês consecutivo.

No mês de abril, o índice atingiu uma média de 119,1 pontos, acima dos 118,8 pontos revisados de março. A alta foi resultado do ligeiro aumento no índice de preços da carne e avanço nos índices de cereais e óleos vegetais.

Por outro lado, foram registradas quedas no preço de açúcar e produtos lácteos.

Apesar dos dois meses seguidos de alta, o índice de alimentos registrou sete quedas seguidas, chegando a atingir o seu nível mais baixo em três anos em fevereiro. Com isso, os preços dos alimentos acumulam uma desaceleração de 9,6 pontos (7,4%) em relação ao mesmo período do ano passado.

Como estão os preços dos alimentos no mundo?

No mês passado, a carne registou uma média de 116,3 pontos e alta de 1,6% no período, marcando o terceiro aumento mensal consecutivo.

Os preços internacionais da carne de aves subiram, sustentados pelas compras constantes de importação por parte dos países do Oriente Médio, diante dos contínuos desafios em relação aos surtos de gripe aviária.

Já os preços mundiais da carne bovina também aumentaram, impulsionados pela elevada procura por parte dos principais importadores, apesar do aumento da oferta de fontes internas.

Em contrapartida, os preços mundiais da carne de porco caíram marginalmente, refletindo a fraca procura interna na Europa Ocidental e a demanda fraca por parte dos principais importadores, especialmente a China.

Do lado dos cereais, o índice registrou uma média de 111,2 pontos em abril — alta de 0,3% em relação a março, após três meses seguidos de desaceleração. No período, foram registradas condições desfavoráveis ​​das colheitas de trigo e redução das perspectivas de produção de milho no Brasil.

Os óleos vegetais também tiveram uma alta de 0,3%, atingindo a média de 130,9 pontos, marcando o maior nível em 13 meses. Os destaques de alta vão para os óleos de girassol e canola, sustentados pelas contínuas importações globais e pelas preocupações com as condições meteorológicas desfavoráveis.

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Como estão os preços dos alimentos no Brasil?

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo de alimentos e bebidas já acumula seis meses de alta no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No mês de março — números mais recentes da inflação brasileira –, o destaque de alta ficou com as hortaliças e verduras (2,23%).

Já as carnes, que ajudaram a elevar os preços globais, caíram por aqui. O grupo teve queda de -0,94%, com alta de 1,58% no cupim, considerando apenas os cortes bovinos. As aves, por outro lado, registraram alta de 1,74%, com o ovo de galinha disparando 4,59%.

Já os preços de cereais e óleos caíram no mês de março nos supermercados brasileiros, -0,42% e -0,97%, respectivamente.

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