Não é PETR4: Fique de olho nas ações destas duas petroleiras, indica Bank of America
O Bank of America (BofA) segue otimista em relação a ações expostas ao petróleo, apesar dos desafios enfrentados pelas empresas petrolíferas e petroquímicas latino-americanas.
Na avaliação do banco americano, seis temas serão críticos para a performance dos ativos nos próximos 6-12 meses:
- tolerância de risco global;
- risco político regional;
- preços do petróleo;
- margens de petroquímicos;
- capex (despesas) da indústria do petróleo; e
- tendências para a indústria energética na Argentina.
“A maioria desses fatores tem amplamente impactado a performance das ações do setor no acumulado do ano”, ressalta o BofA, em relatório divulgado nesta quinta-feira (13).
A instituição destaca que o aumento das taxas de juros pelo mundo teve efeito negativo na performance dos mercados, enquanto as margens de petroquímicos têm caído mais que o esperado em meio a preocupações com a economia global.
“Um fator crítico será quando veremos uma queda nas tendências negativas e o início de mais movimentos positivos”, comenta o BofA. Porém, apesar de reconhecer que isso seria um gatilho importante para a recuperação da performance das ações, analistas do banco acham que ainda é cedo para acontecer uma mudança dentro desse cenário.
No que investir
Apesar dos riscos atuais para o setor de óleo e gás, o BofA segue com recomendação de compra para algumas ações da América Latina. Duas são da Bolsa brasileira: PRIO (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3).
No caso da PRIO, o BofA acredita que a ação deve se beneficiar de quatro fatores:
- crescimento de resultados no curto prazo, orientado por preços elevados do petróleo e benefícios contínuos de fatias recentemente adquiridas;
- potencial de longo prazo do desenvolvimento do campo de Wahoo;
- mais M&A (fusões e aquisições); e
- potenciais reduções de custos adicionais.
Já a ação da 3R Petroleum deve manter a boa performance com o potencial de aumento de produção de óleo e gás em ativos maduros adquiridos ao longo dos últimos anos.
Outros pontos levantados pelo BofA são melhora de governança corporativa, valuation atrativo e melhora do cenário regulatório.
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