Não é o Magalu (MGLU3): A varejista pronta para bombar no e-commerce
Longe dos holofotes de empresas de e-commerce tradicionais, como Magazine Luiza (MGLU3), Amazon ou Shoppe, a Lojas Renner (LREN3) segue entre os papéis preferidos de analistas e gestores.
Em sua carta semestral, a Oceana avaliou que após muitos anos acompanhando de perto uma das melhores gestões do varejo brasileiro, mas sem conforto de valuation, “finalmente conseguimos fazer um investimento relevante em Renner”.
Na carta, a gestora cita quatro argumentos que sustentam o seu otimismo:
- balanço robusto, com um caixa líquido de R$ 1,9 bi em um momento de varejo de vestuário bastante fragilizado e taxa de juros alta;
- ganhos de share expressivos ao longo do tempo;
- uma melhora gradual de rentabilidade após um elevado ciclo de investimentos;
- uma operação omnichanel com crescente integração entre varejo físico e online que lhe dá uma importante vantagem competitiva perante competidores puramente online;
A Oceana lembra que durante a pandemia, a Renner acelerou os investimentos no canal online, realizando em dois anos os investimentos inicialmente previstos para serem feitos em 5 anos.
“Essa aceleração de investimentos trouxe, naturalmente, uma menor eficiência na operação e entre 2019 e 2021 a empresa viu sua margem Ebitda de varejo cair de aproximadamente 18% para 9%”, diz.
Porém, a gestora coloca que agora a empresa começa tanto a capturar eficiência de custos quanto a diluir despesas por conta da maior escala.
“Esses fatores já aparecem nos resultados dos últimos trimestres. Além disso, o giro do estoque também tem sido muito mais ágil, o que tem beneficiado o nível de markdown e consequentemente a margem bruta da companhia, algo bastante relevante na indústria de moda”, diz.
Para os gestores, os desafios para frente no mercado online não são desprezíveis, mas agora a Renner conta com
uma operação muito mais robusta, o que fortalece o diferencial competitivo da companhia.
“A crescente integração da logística entre a operação das lojas e do ecommerce proporciona ganho de eficiência em fretes e menor tempo de entrega no online, além de menor markdown no varejo físico”, afirma.
Além disso, o preço sobre lucro de 2023 encontra-se em cerca de 14x, “consideravelmente abaixo da média histórica da companhia”.
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